Um grupo de executivos de topo do Silicon Valley Bank UK recebeu milhões em bónus, dias depois da entidade ser salva pelo Banco de Inglaterra, que orquestrou um pacote de medidas conducentes a que a maior instituição credora da Europa, o HSBC, adquirisse o banco falido por apenas £1.
Fontes descreveram o bónus como “modesto”, e disseram que totalizava entre 15 e 20 milhões de libras esterlinas. Não ficou claro quanto tinha sido atribuído a Erin Platts, a principal executiva do banco britânico.
Um informador disse que os pagamentos de prémios eram um sinal da confiança do HSBC na base de talentos da sua nova subsidiária e que o comprador tinha feito questão de honrar os pagamentos previamente acordados, a fim manter o pessoal chave.
Além disso, circulam notícias de que milhões de dólares terão também sido distribuídos ao pessoal dos EUA apenas horas antes do colapso do banco sediado na Califórnia. É do conhecimento público que administradores e quadros de topo do SVB venderam as suas acções meses antes do colapso.
No mundo da alta finança, não é só o crime que compensa. A incompetência também dá frutos chorudos.
O braço britânico do SVB empregava cerca de 700 pessoas. A “demolição guiada” da sucursal de Londres foi coordenada com o Primeiro-Ministro britânico Rishi Sunak, que desempenhou um papel fulcral num leilão de emergência que atraiu o interesse de vários bancos concorrentes, incluindo o Bank of London e o Oaknorth.
Também Jeremy Hunt, o secretário do Tesouro do governo britânico, se apressou a salvar o banco falido, afirmando em declarações à imprensa que
“O sector tecnológico britânico é verdadeiramente líder mundial e de enorme importância para a economia britânica, apoiando centenas de milhares de empregos. Trabalhámos com urgência para encontrar uma solução que proporcione confiança aos clientes do SVB UK, assegurando a protecção dos depósitos dos clientes e a sua capacidade bancária normal, sem qualquer apoio dos contribuintes”.
O governo tinha sido intensamente pressionado para salvar o SVB por empresários das grandes tecnológicas britânicas, bem como pelos agentes dos mercados financeiros, e todos sabemos, ou devemos saber, que Rishi Sunak e Jeremy Hunt ocupam os cargos que ocupam precisamente para representar os interesses do corporativismo financeiro da City londrina, acima de qualquer outra agenda.
Para o comum dos súbditos de Sua Majestade o Rei WEF, o SVB podia desaparecer do mapa sem que isso constituísse qualquer problema, mas para os senhores do universo que de facto detêm o poder no Reino Unido essa seria uma “ameaça existencial para o sector tecnológico do Reino Unido.”
Leia-se: seria uma ameaça existencial para os milionários que investiam em tecnológicas britânicas e americanas através do SVB.
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