Esta semana, o monólogo de Neil Oliver vem carregado de raivas, mas também de um certo e universal optimismo, que é característico da sua oratória.
As raivas são mais que justificadas. É apenas natural que as pessoas estejam zangadas com os exorbitantes preços dos combustíveis, com os orçamentos familiares a serem engolidos pela inflacção e com a atitude indiferente, senão entusiástica, de políticos e barões da imprensa e do capitalismo corporativo, que tentam vender a ideia peregrina que a falência material e imaterial de tudo é, afinal, positiva. Que o abismo faz, afinal, sentido.
No Canadá, o governo celebra os recordistas preços do sector energético como uma forma de lembrar os cidadãos que os seus sacrifícios são necessários para “salvar o planeta”. Em França, Macron avisa os seus eleitores que já não têm direito ao sonho da prosperidade. Na Suécia, as “autoridades” recomendam que as pessoas montem tendas de cobertores nas suas residências, de forma manterem-se quentes no Inverno. Na Alemanha, a crise de preços e abastecimento de gás é de tal forma preocupante que o governo está a instalar “espaços de aquecimento” para quem não puder pagar as contas domésticas e precisar de encontrar um sítio quente para sobreviver às baixas temperaturas. Em Espanha, a utilização do ar condicionado em espaços públicos é agora limitada por lei a temperaturas que não refrescam no Verão nem aquecem no Inverno. Na Holanda, aquele que chegou a ser o segundo produtor de alimentos na Europa está a ser convertido num país estéril. Por toda a Europa, as escolas públicas introduzem dietas alimentares que dispensam a carne e incluem insectos. Por todo o Ocidente, é a cada dia mais claro que aqueles que querem a guerra total com a Rússia não estão do outro lado da barricada.
Que género de líderes são estes que promovem e defendem de cara alegre o empobrecimento dos seus cidadãos; que olvidam o impacto que as suas políticas de cinzas vão ter no Terceiro Mundo, onde milhões vão morrer de fome; que esticam a corda, ao seu ponto insustentável, do apocalipse termo-nuclear, em nome da integridade das fronteiras de um país que é o terceiro mais corrupto do mundo e que está para a democracia como a Alemanha Nazi estava para a tolerância étnica? Que estirpe danada de seres humanos é que pode desenvolver com esta constância e determinação uma agenda anti-humana, fundada em distópicas metas “net zero”, políticas de destruição demográfica, económica e cultural das nações, e filosofia totalitária, de inspiração oligárquica?
E que espécie infame de profissionais da imprensa se colocam sistematicamente ao lado dos poderes instituídos, mesmo quando estes obliteram a liberdade de expressão, aniquilam a possibilidade da paz, promovem o capitalismo corporativo mais draconiano que se possa imaginar, ignoram mandatos eleitorais e os princípios do estado de direito, violam as tradições constitucionais e conspiram declaradamente contra as classes sociais mais desfavorecidas?
Mas nem tudo está perdido, a acreditar no escocês irredutível: desde 2016 que as coisas não têm corrido exactamente conforme o roteiro das elites globalistas, não obstante a pandemia, que ajudou a testar e implementar a sua agenda sinistra; não obstante o controlo quase absoluto que exercem sobre as instituições políticas, legislativas, judiciais e académicas, as grandes corporações mediáticas e económicas, os bancos centrais, as igrejas cristãs, os aparelhos burocráticos do estado e as indústrias de entretenimento; é mais que nítido que as massas ensaiam já um contra-ataque.
O Brexit, como a eleição de Donald Trump, foram rudes golpes para os senhores do universo. E mesmo apesar das tentativas de Theresa May e Boris Johnson em trair o espírito do referendo, os britânicos não parecem arrependidos dessa decisão histórica. E mesmo apesar do carácter repressivo do regime Biden, os americanos continuam, em boa parte, a rejeitar as narrativas globalistas. Em Itália e na Hungria, foram eleitos representantes que não estão completamente alinhados com a agenda de Davos. Nas ruas, nas urnas e na web, há milhões que se levantam quotidianamente, em protesto, muitas vezes pagando caro o preço da sua coragem.
Os princípios da civilização e do direito prevalecerão, talvez não agora, talvez não amanhã, mas aqueles que sabem que estão do lado certo da história terão que acreditar que a batalha que estão a travar, e que é a mais importante dos últimos 80 anos, tem por fundamento valores sagrados e naturais à condição humana, que por certo prevalecerão.
E no médio ou longo prazo, os inúteis de Westminster, os párias de Bruxelas, os tiranos de Washington, os tubarões de Wallstreet e da City londrina, os marionetistas de Sillicon Valley e de Davos serão confrontados com o irrealismo das suas quimeras totalitárias.
Oxalá.
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