Em dois discursos proferidos com menos de 24 horas de intervalo na cidade francesa de Toulouse, Jean-Luc Mélenchon proferiu algumas das palavras mais chocantes, e brutalmente honestas, de um político europeu, apelando abertamente à substituição dos franceses nativos por uma geração “crioula” de raças e culturas mistas.

O líder do partido de extrema-esquerda francês La France Insoumise (LFI) apelou assim abertamente à substituição dos franceses brancos, evocando o termo “Grande Substituição”, que tem sido demonizado como uma teoria da conspiração pela esquerda durante anos.

Numa das intervenções públicas, Mélenchon afirmou:

“No nosso país, uma em cada quatro pessoas tem um avô estrangeiro. 40% da população fala pelo menos duas línguas. Estamos destinados a ser uma nação crioula e tanto melhor! Que a jovem geração seja a grande substituta da velha geração”.

Mélenchon afirmou ainda que os novos imigrantes precisam de “curar a França das feridas do racismo”. Isto apesar de, até segundo a Euronews, a França estar entre os cinco países europeus com menos discriminação étnica. O líder do LFI fez mais declarações inflamadas, apelando a “portadores de tochas” para provocar a mudança. Só faltou evocar o tristemente célebre mecanismo do senhor Joseph-Ignace Guillotin.

Num outro discurso, na semana passada, perante uma plateia entusiasta., Mélenchon reiterou o seu ponto de vista:

“Sim, Sr. Zemmour, há um grande substituto. É a geração que vem depois da outra e que nunca se vai assemelhar à anterior. Esta crioulização cria algo de novo”.

Mélenchon também defendeu a instalação de estrangeiros nas zonas rurais francesas, e todo o discurso parece fazer parte de uma estratégia para alimentar o seu apoio político, tanto por parte da crescente população imigrante francesa como dos franceses nativos com problemas neurológicos, que acreditam que a velha França branca é um cliché cansado e racista, que deve dar lugar a um novo povo.

 

 

Numa coluna do Le Journal du Dimanche, Arnaud Benedetti escreveu que Mélenchon

“nunca foi tão explícito nas suas palavras e na sua visão, apesar de nunca ter tentado mascará-la. Mas, desta vez, o objectivo é revelado sem obscurantismos, com a clareza de uma seta. Aponta para o seu horizonte e faz pontaria ao seu inimigo. O seu horizonte? A crioulização, um eufemismo em vez da ‘grande substituição’. O seu inimigo? A tradição, o passado, a França de ontem e de hoje, que ele denuncia como um trapo velho que deve ser deitado fora porque já não existe.”

Frank Allisio, deputado do Rassemblement National (RN) de Bouches-du-Rhône, disse no canal de televisão Europe 1 que a intervenção de Mélenchon foi

“ao mesmo tempo uma provocação, uma forma de falar repetidamente aos seus eleitores, mas também uma base de doutrina, uma base de convicção”.

Allisio disse acreditar que Jean-Luc Mélenchon não só apoia a tese da ‘grande substituição’, “como também quer concretizá-la”.

De facto, ouvindo o senhor, ninguém tem razões para duvidar do seu programa de limpeza étnica da França. A ver vamos se os franceses concordam com a sua própria higienização rácica.

Paul Joseph Watson comenta.