Vem ver, Estrela minha,
a procissão que vai no Céu!

Quando sobre os teus olhos desce
o véu azul do dia
e mergulhas no sono limpo do Universo.
– como uma sentinela exausta, uma Luz que esfria.

Vem ver!

Vê como chora a águia
o orvalho fresco da manhã!
E toda a Terra murmura em prece
o espanto de luz que amanhece
sobre o corpo do Deus que alumia.

A vida estende-se, Estrela minha, qual manto de ouro,
sobre a Alma eterna do mundo.

– Vê! É a Obra do Mestre!

É a montanha sem cume,
o vale sem fundo.

É a pele de Amor que te veste.

 

 

Alburneo
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