Os crimes de ódio e a discriminação contra os cristãos estão a aumentar em toda a Europa, com um novo relatório a documentar mais de 2400 incidentes em 2023, pondo em evidência a crescente intolerância e as restrições à liberdade religiosa.
Um novo relatório do Observatório sobre a Intolerância e a Discriminação contra os Cristãos na Europa (OIDAC Europa) fez soar o alarme sobre a escalada da violência e da discriminação enfrentada pelos cristãos no continente que já foi o seu reduto incontestável.
Em 2023, foram documentados 2.444 crimes de ódio contra os cristãos em 35 países europeus. Estes crimes variaram entre vandalismo, fogo posto, violência física e restrições à liberdade religiosa. Os resultados revelam uma tendência preocupante que faz com que as comunidades cristãs se sintam cada vez mais vulneráveis,.
O relatório publicado na sexta-feira destacou a França, o Reino Unido e a Alemanha, países com grandes tradições cristãs, como áreas de particular preocupação. A França registou quase 1000 crimes de ódio no ano passado, o que a torna o país mais afectado. Os incidentes incluíram a profanação de igrejas e cemitérios, com pelo menos 84 ataques directos a indivíduos. Uma mesquita é construída e um monumento cristão é destruído neste país a cada duas semanas e a monumentalidade católica está sob a ameaça do vandalismo islâmico e do paganismo globalista das instituições governamentais.
DISCRIMINATION:
OIDAC Europe’s report also found discrimination against Christians in the workplace and in public life in some European countries, leading to increasing self-censorship among Christians in Europe. pic.twitter.com/W8nPfZIX3W— Observatory on Intolerance against Christians EU (@OIDACEurope) November 15, 2024
Entretanto, o Reino Unido registou mais de 700 incidentes, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Um caso de grande visibilidade envolveu a condenação de um indivíduo por rezar em silêncio à porta de uma clínica de aborto, ilustrando a tensão crescente em torno das expressões públicas de fé.
Em Espanha, o mais fiel dos países católicos, as pessoas são presas por rezarem o terço. Na Ucrânia, A liberdade religiosa, como outras liberdades civis, está a ser completamente obliterada por ordens de Zelensky, que tem fechado igrejas e confiscado os seus bens a um ritmo alucinante.
Na Alemanha, registou-se um aumento preocupante de 105% nos crimes de ódio contra os cristãos, passando de 135 em 2022 para 277 em 2023. As igrejas foram alvos frequentes, com vandalismo e danos à propriedade muitas vezes não relatados nas estatísticas oficiais, de acordo com o relatório. As estimativas sugerem que pelo menos 2.000 casos de danos materiais contra instituições religiosas passaram despercebidos devido à falta de um motivo claro.
O relatório descreve as várias formas que estes ataques assumiram. O vandalismo é responsável pela maioria dos casos, representando 62% dos incidentes, seguido de fogo posto, ameaças e violência física. Uma pequena percentagem de casos envolveu mesmo tentativas de homicídio ou homicídios consumados.
‘I will rape Jesus!’ – Migrant shouts obscenities on video while smashing Swedish Catholic church windows with rocks. https://t.co/vbxw90EJG6
— Remix News & Views (@RMXnews) August 23, 2023
A crescente auto-censura entre os cristãos na Europa foi também destacada como uma questão igualmente preocupante. Pela primeira vez desde o início dos registos, em 1953, há mais cristãos que dizem sentir que devem ser cautelosos ao falar da sua fé do que aqueles que se sentem livres para a expressar abertamente. Esta mudança marca uma alteração dramática em relação a 1981, altura em que 83% dos cristãos afirmaram não sentir qualquer barreira à discussão das suas crenças. Actualmente, apenas 40% têm a mesma opinião.
A agravar a questão estão as restrições às liberdades religiosas impostas por alguns governos europeus. Para além de casos legais de grande visibilidade, as proibições de procissões religiosas e outras políticas que objectivam a secularização das sociedades têm afectado desproporcionadamente os cristãos.
As iniciativas para secularizar os feriados cristãos tradicionais também se tornaram mais frequentes e, apesar de não se enquadrarem no limiar de um crime de ódio, são indicativas de um afastamento gradual dos valores cristãos. No Reino Unido, por exemplo, A London School of Economics (LSE) retirou os dias de celebração cristã do seu calendário académico.
Os peritos alertam para o facto de a verdadeira dimensão do problema ser muito maior do que as estatísticas oficiais sugerem. Regina Polak, representante especial da OSCE para o combate ao racismo, à xenofobia e à discriminação, descreveu os crimes de ódio contra os cristãos como uma “mensagem de exclusão” que afecta não só as vítimas, mas também a sociedade no seu conjunto.
A Directora-Geral do OIDAC, Anja Hoffmann, fez eco desta preocupação, sublinhando o número significativo de casos não notificados. Exortou os governos a tomarem medidas mais proactivas para proteger as comunidades cristãs e garantir que os crimes de ódio sejam documentados e tratados com precisão.
Para além da Europa, o cenário é dramático.
Com o declínio do cristianismo no Ocidente e a vergonhosa e cínica indiferença do Vaticano, a perseguição dos fiéis tem vindo a ganhar intensidade e contornos de genocídio, a nível global. Na Austrália, a religião cristã está a ser cada vez mais associada ao fanatismo e à intolerância, e somam-se plataformas legislativas que discriminam os crentes e impedem a sua participação na vida política. Com a cumplicidade até do partido conservador.
No Canadá, de acordo com novos dados divulgados pelo governo federal, os crimes de ódio contra católicos registados pela polícia aumentaram 260% em 2021, de longe o maior aumento registado por qualquer confissão religiosa durante esse período.
Em Israel, Os cristãos estão a ser perseguidos, atacados e maltratados, e o regime de Benjamin Netanyahu nada está a fazer para travar a tendência e responsabilizar os agressores.
Na China, testemunhas relataram à Radio Free Asia o encarceramento de cristãos por funcionários do Partido Comunista em centros móveis de “lavagem ao cérebro”, onde enfrentam espancamentos rotineiros, doutrinação do género maoista e confinamento em celas solitárias.
Nos Estados Unidos, um ex-agente do FBI revelou um relatório interno desta agência que acusa os católicos que preferem a missa em latim de “adesão à ideologia anti-semita, anti-imigrante, anti-LGBTQ e supremacista branca”. A proeminente polemista conservadora Candace Owens foi despedida do Daily Wire, do sionista Ben Shapiro, por publicar nas redes sociais esta afirmação:
“Cristo é Rei.”
Na Índia, agora livre de qualquer pressão ocidental no sentido da protecção da liberdade religiosa, o governo nacionalista hindu preside à escalada da perseguição aos cristãos, que evoluiu no país a um “ritmo recorde” em 2023. Os cristãos de Manipur realizaram em Dezembro um funeral colectivo para os restos mortais de 87 pessoas assassinadas na violência tribal que eclodiu em Maio. Foram precisos 7 meses para que tivessem acesso aos restos mortais de seus entes queridos. Dezenas de milhares de cristãos continuam deslocados em Manipur desde Setembro do ano passado, segundo as Nações Unidas.
A International Christian Concern nomeou a Nigéria como o principal opressor de cristãos no seu relatório de 2023 – e o lugar mais perigoso do mundo para se ser cristão – em resultado do “genocídio de 20 anos contra os cristãos” perpetrado pelo Boko Haram, os Fulani e outros elementos jihadistas. Só em Dezembro de 2023, pelo menos 140 cristãos foram mortos por bandidos que atacaram aldeias remotas durante dois dias no estado de Plateau, segundo relatos de sobreviventes e funcionários governamentais.
Em 2023, mais de 5.600 cristãos foram mortos por causa da sua fé e pela mesma razão 124.000 foram deslocados à força das suas casas, sendo que 15.000 tornaram-se refugiados. Mais de 2.100 igrejas foram atacadas ou fechadas.
E que tem o anti-papa Francisco a dizer sobre isto?
Nada. Zero. Silêncio absoluto. E infame.
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