Mark Rutte, o insuportável elitista que os holandeses afastaram do governo do seu país no fim de 2023, acabou por cair no cargo de liderança política da NATO, porque os globalistas são uma espécie felina: Caem sempre de pé e numa posição de poder, mesmo quando são rejeitados nas urnas.

As consequências desta infeliz transição estão já à vista. O novo secretário-geral da NATO declarou que a Ucrânia acabará por aderir à aliança atlântica, apesar de estar embrenhada numa guerra com a Rússia e de ter sido anteriormente considerado que se tratava de um país excessivamente corrupto para fazer parte do clube de guerra.

Na quinta-feira, Rutte visitou a Ucrânia, e, após conversações com o Volodymyr Zelensky, aproveitou para afirmar que a trajectória do país rumo à adesão à NATO é “irreversível”.

“A Ucrânia está mais perto da NATO do que nunca e continuará neste caminho até se tornar membro da nossa Aliança. Estou ansioso por esse dia”.

O infeliz personagem está ansioso pelo dia em que a Terceira Guerra Mundial vai ter início porque essa seria a consequência imediata da adesão da Ucrânia à NATO. Não contente com estas afirmações que só podem ser consideradas como um apelo ao apocalipse, Rutte acrescentou:

“Penso que chegará o dia em que a Ucrânia será um membro de pleno direito da NATO, e permitam-me que acrescente, caso alguém possa pensar o contrário, que a Rússia não tem voto nem veto nesta questão”.

O problema é que a Rússia tem mesmo poder de veto sobre essa questão. Se não oficialmente, no terreno. Basta pensar que uma das razões que levou o Kremlin à decisão de invadir a Ucrânia foi precisamente a de evitar a adesão do país à NATO. E a administração Putin nunca permitirá essa adesão. Não sem que seja vencida através de uma guerra directa e total com o Ocidente.

No seu delírio beligerante, Rutte mencionou os 44,1 biliões de dólares de ajuda militar concedida pelos membros da NATO à Ucrânia no ano passado. No entanto, Zelensky não está satisfeito com a ajuda até agora concedida e defendeu que a NATO deveria começar a interceptar directamente os mísseis russos que atingem alvos na Ucrânia, comparando a situação àquela que ocorre no Médio Oriente, em que os EUA e aos seus aliados interceptam, ou tentam interceptar, os mísseis iranianos que visam Israel.

Em resposta a essa demanda, Rutte sugeriu que tais decisões cabem às autoridades nacionais de cada membro da NATO. Até agora, o único membro da NATO a concordar com Zelensky foi a Polónia, já que o ministro globalista dos Negócios Estrangeiros, Radoslaw Sikorski, defendeu o abate de mísseis russos no mês passado.

Mark Rutte substituiu Jens Stoltenberg na chefia da NATO, um outro alucinado que, em Maio, observou que a Ucrânia estava a perder o conflito e defendeu que o país deveria ser autorizado a atacar o interior da Rússia com armas ocidentais.

Por que raio é que esta gente está tão certa de sobreviver a uma guerra nuclear?