O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou firmemente que a Ucrânia não cederá à Rússia quaisquer territórios que estejam agora sob o seu controlo. Após a invasão russa iniciada em 2022, regiões como Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia ficaram sob controlo de Moscovo, para além da Crimeia, que foi anexada em 2014.

Apesar das ofensivas falhadas para recuperar o controlo dos territórios, a Ucrânia, apoiada pelos aliados europeus, continua a exigir a retirada da Rússia.

“Uma coisa é certa: nunca cederemos os nossos territórios ocupados à Rússia. Estas terras pertencem aos ucranianos”, afirmou Zelensky numa entrevista ao Le Figaro.

Creditando a convicção do presidente ucraniano, ficamos assim a saber que só haverá paz quando ele for corrido do poder político ou as tropas russas chegarem a Kiev.

Antes das próximas conversações de paz, o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, sugeriu que o reconhecimento por parte da Ucrânia da perda destes territórios poderia ser fundamental para um acordo de paz. Este comentário suscitou objecções por parte da Ucrânia, com Zelensky a pedir a demissão de Witkoff e a criticar mais uma vez a abordagem diplomática da administração Trump em relação à Rússia.

Zelensky manifestou cepticismo quanto à capacidade de Trump para gerir eficazmente as relações com o Presidente russo Vladimir Putin, advertindo que o abrandamento das sanções poderia ser entendido como uma fraqueza. Acusou também a Rússia de obstruir as negociações de paz, alegando que Moscovo exige condições prévias como o levantamento das sanções antes de concordar com um cessar-fogo.

Embora o Presidente Trump tenha dialogado com o Presidente russo, Vladimir Putin, para negociar um cessar-fogo, as conversações não têm dado frutos e os russos acusaram os ucranianos de violar um acordo para não atacar as infra-estruturas energéticas. Zelensky e os seus funcionários continuam a minar os esforços da administração Trump, enquanto nações europeias como a França e o Reino Unido falam em enviar tropas para o país.

A paz, lamentavelmente, vai ter que esperar.