Justin Zedong, o imparável silenciador das massas

 

É verdade que, tratando este texto de Justin Trudeau, as expectativas sobre o seu desenvolvimento são sempre as piores possíveis, mas ainda assim, o que se segue não deixa de ser pavoroso para além do pavor que é comum no Canadá..

E os gentis e atentos leitores do Contra, que pensavam que a lei escocesa sobre “discurso de ódio” era a recordista na competição em que as elites ocidentais estão empenhadas pelo quadro legal que mais reprime a liberdade de expressão, devem preparar-se psicologicamente para um shot de puro fascismo. O governo canadiano acaba de propor legislação que pode ser aplicada a tudo o que for dito ou publicado no passado, no presente ou no futuro.

É uma espécie de Relatório Minoritário na China Maoista.

O projeto de lei C-63, conhecido como “Online Harms Act”, padece das infecções de todos os outros projectos deste género despótico, como a repressão das liberdades fundamentais do ser humano, a defesa sectária, racista e transhumanista de minorias e da ideologia de género, e a convenientemente vaga definição do conceito de ‘ódio’. Mas para além disso, tem outros requintes de crueldade e propõe penas de prisão e multas avultadas para quem expressou, expressa ou poderá expressar ‘pensamento errado”.

A iniciativa legislativa, que já está em maturação desde Março deste ano,  chegou a ponderar penas de prisão perpétua para crimes de discurso, mas parece que a ideia de encarcerar para a vida toda um canadiano que tenha postado um meme mais inconveniente foi engavetada. Porém, para compensar esse lapso e manter Trudeau de bom humor, há toda uma orgia de vilanias neste pacote legislativo.

A coisa é de tal forma insana que Elon Musk pediu à comunidade para verificar os factos, o que resultou no esclarecimento de que a legislação não é uma lei… ainda.

 

 

Os detractores argumentaram que a proposta legislativa cria especificamente a chamada cláusula de “comunicação contínua”, o que significa que tweets antigos, por exemplo, que ainda estejam no ar, podem ser considerados discurso actual. Desde que o titular de uma conta de rede social possa apagar o post ‘criminoso’ e não o faça, mesmo que esse post tenha uma década, está sujeito a cair sob a alçada da lei.

 

 

Se o post foi republicado, a pessoa que o republicou e o autor do tweet original podem ser processados por isso.

Xi Van Fleet, que viveu durante a revolução cultural, notou as semelhanças entre os regimes de Justin e Mao:

 

 

E não acaba aqui. A legislação prevê a possibilidade de punir preventivamente as pessoas por coisas que ainda não disseram. Sim, a sério.

 

 

E a cereja no topo do grande bolo da tirania: nem um mandado judicial será necessário para, ao abrigo deste quadro jurídico, serem realizadas buscas que visem vigiar a conformidade com a lei.

 

 

É de sublinhar que o primeiro-ministro canadiano está a forçar esta abominação precisamente no momento em que a sua popularidade atinge níveis próximos da destituição. Como o Contra já noticiou, a maioria dos eleitores canadianos acha que Trudeau deve demitir-se antes de terminado o seu mandato e um relatório secreto da Polícia Montada do Canadá, revelado em Abril deste ano, traça um quadro sombrio para o futuro do país, sugerindo que o agravamento das condições económicas poder levar à revolta da população contra o governo.

Por muito subterrânea que seja a infâmia de Justin Trudeau, ele é sempre capaz de descer mais baixo, pela escadaria do inferno.

Chega até a impressionar.