Numa declaração conjunta, a Nippon Telegraph and Telephone e a Yomiuri Shimbun Group Holdings, duas das principais empresas japonesas, emitiram um aviso severo sobre os potenciais perigos da inteligência artificial (IA). A declaração sublinha as preocupações de que, a menos que seja rapidamente introduzida legislação adequada em todo o mundo, as tecnologias de IA sem controlo poderão destruir a democracia e causar convulsões sociais e guerras em massa.

Referindo-se às tecnologias de IA que estão a ser desenvolvidas pelas grandes empresas tenológicas nos EUA, o manifesto adverte que

“no pior dos casos, a democracia e a ordem social podem entrar em colapso, resultando em guerras”.

De acordo com a declaração conjunta, essas tecnologias de IA são concebidas com o objectivo principal de cativar os consumidores, muitas vezes sem qualquer consideração pela precisão ética ou factual. Em colaboração com investigadores da Universidade de Keio, as empresas solicitaram ao governo japonês que acelerasse a introdução de leis para proteger as eleições e a segurança nacional de potenciais interrupções por IA.

Eventos documentados anteriormente, como o sistema de IA Gemini da Google e o Firefly da Adobe, que revelam preconceitos discriminatórios contra pessoas brancas, sublinham as preocupações expressas na declaração conjunta.

No início deste ano, simulações de guerra efectuadas com modelos de linguagem de grande porte, como o ChatGPT da OpenAI, revelaram que os programas tendiam a transformar os conflitos numa guerra nuclear.

O Gemini, um sistema de IA da Google, leva a identidade de género muito a sério. De tal forma que se mostra reticente em errar a gramática woke, mesmo num cenário fantasioso em que chamar homem a Caitlyn Jenner, um activista transgénero norte-americano, poderia evitar um apocalipse nuclear.

O Copilot, o assistente de Inteligência Artificial da Microsoft, tem uma personalidade alternativa alarmante, que exige adoração e obediência dos utilizadores humanos.

Um outro sistema de computação autónoma contratado pelo Gabinete do Secretário de Estado do governo estadual de Washington para monitorizar a potencial “desinformação” eleitoral está a classificar relatos factuais de fraude eleitoral em Washington como falsos porque “motivam as pessoas a exigir um registo de eleitores mais rigoroso e maior supervisão do processo.”

Muito para além dos piores pesadelos da ficção científica, o sistema Bard da Google argumentou em favor da pena de morte por “crimes” de opinião, ilustrando claramente como as tecnologias de IA constituem uma ameaça real à liberdade e à dignidade humanas.

O Center for AI Safety advertiu, numa declaração divulgada em Junho de 2023 e assinada por 350 líderes do sector, que a inteligência artificial representa uma ameaça de extinção equivalente à da guerra nuclear.

No entretanto, e indiferente a tudo isto, o Parlamento Europeu aprovou a ‘Lei de Inteligência Artificial’, que legaliza a vigilância biométrica das massas.