Soldados britânicos fazem parte das forças terrestres na Ucrânia e estão envolvidos na instalação de mísseis de longo alcance Storm Shadow, de acordo com uma fuga de informação alemã publicada nos meios de comunicação social russos.

A revelação resultou de uma chamada ultra-secreta entre oficiais da Força Aérea Alemã, já documentada pelo Contra, que discutiam a potencial utilização dos mísseis Taurus para atingir a ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia. Durante a conversa, o tenente-general Ingo Gerhartz, chefe da Luftwaffe, descreveu em pormenor a parceria estratégica da Grã-Bretanha com a Ucrânia, que consiste no apoio no local à utilização de mísseis contra alvos até 150 milhas dentro das linhas russas.

Gerhartz é apanhado na gravação a dizer:

“Quando se trata de planeamento de missões, sei como os ingleses o fazem. Eles têm militares no terreno, os franceses não”.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que a fuga de informação evidencia

“o envolvimento directo do colectivo ocidental no conflito na Ucrânia”.

Apesar da exposição da presença britânica na Ucrânia, o ex-vice-ministro da Defesa do Reino Unido, Tobias Ellwood, insistiu que o facto não deve prejudicar

“as conversas sérias que estão a ter lugar nos corredores diplomáticos entre a Alemanha e a Grã-Bretanha e, na verdade, a NATO, bem como a razão pela qual isto aconteceu em primeiro lugar”.

A Grã-Bretanha confirmou a presença de um “pequeno número de pessoal” na Ucrânia, recusando-se a detalhar as suas tarefas específicas.

A notícia surge na sequência de uma recente e contraditória, considerando a opinião dos generais alemães, declaração do chanceler alemão Olaf Scholz sobre o não fornecimento de mísseis Taurus à Ucrânia, devido à necessidade de pessoal alemão para o controlo dos alvos. Scholz advertiu que essa circunstância poderia arrastar Berlim para uma guerra com a Rússia.

Em Dezembro do ano passado, o Ministro da Defesa Russo Sergey Shoigu afirmou que militares dos EUA, do Reino Unido e da Polónia estavam a operar sistemas de defesa aérea e de mísseis de lançamento múltiplo na frente ucraniana.

Em Outubro de 2022, o mesmo ministro russo acusou “Peritos Britânicos” de ajudarem as forças de Kiev a preparar um ataque à cidade portuária de Sevastopol, na Crimeia.

Apesar dos riscos que estão a ser corridos pelas elites militares e políticas britânicas, que parecem empenhadas em provocar um conflito directo com a Rússia, um relatório da comissão de defesa da Câmara dos Comuns revelou que em caso de guerra aberta contra um adversário de poderio semelhante, as forças armadas de sua majestade o rei WEF seriam apenas capazes de manter todas as suas capacidades operacionais durante dois meses.

Dois meses.

Por amor de Deus.