Uma das poucas jornalistas de investigação que mantém ainda alguma credibilidade na imprensa corporativa americana, a repórter da CBS News Catherine Herridge, fez uma previsão soturna: o ano de 2024 produzirá um ‘Evento Cisne Negro’ que irá abalar o mundo.

A Teoria do Cisne Negro é um conceito proposto pelo escritor e pesquisador financeiro de origem libanesa Nassim Nicholas Taleb, que descreve eventos raros e imprevisíveis com grande impacto socio-económico e que, em retrospectiva, parecem afinal inevitáveis.

O nome “cisne negro”, usado para designar estes eventos, provém de um facto histórico ocorrido no século XVII. Naquela época, os europeus só conheciam os cisnes brancos, mas nas expedições de exploração em terras australianas descobriram os primeiros cisnes negros, uma variedade que até à altura era considerada inexistente ou mítica, sendo que a descoberta teve implicações profundas na forma como o Ocidente via o mundo e encarava o conhecimento que dele tinha. A teoria sustenta que, embora estes eventos sejam desconhecidos e imprevisíveis, podem ter consequências significativas e multi-dimensionais e devem ser considerados na tomada de decisões de planeamento estratégico e gestão de recursos no governo das nações.

Os 3 eventos ‘cisne negro’ do Século XXI foram o 11 de Setembro de 2001, a crise financeira de 2008 e a pandemia de 2020.

Herridge fez a previsão durante uma mesa redonda, quando foi questionada pela apresentadora Margaret Brennan sobre o que poderíamos esperar de 2024:

“Bem, a minha previsão é um pouco sombria. Estou muito preocupada com o facto de 2024 poder ser o ano de um acontecimento do tipo ‘cisne negro’. Trata-se de um acontecimento de segurança nacional de grande impacto e muito difícil de prever. Há uma série de preocupações que eu tenho e que entram neste contexto. Não é só este tipo de ameaças duradouras e elevadas que estamos a enfrentar, as guerras em Israel e também na Ucrânia. Estamos divididos neste país de uma forma que nunca vimos antes. E penso que isso cria um terreno fértil para os nossos adversários, como a Coreia do Norte, a China e o Irão. E é isso que mais me preocupa”.

A moderadora concordou com a repórter, respondendo:

“Muitas pessoas estão acordadas à noite com essa preocupação, Catherine”.

 


A ideia de que um evento de capacidade destrutiva sobre o tecido social e económico a nível global pode estar prestes a acontecer não é inédita. Qualquer pessoa informada já percebeu que há forças sociais e políticas que até acolheriam com agrado uma catástrofe deste género e, como o ContraCultura já documentou, o WEF está a profetizar um ataque cibernético ao sistema financeiro mundial que, a acontecer, facilitaria a prossecução final da sua agenda totalitária. Uma conclusão assertiva, entre muitas, que podemos retirar da pandamia Covid é a de que os poderes instituídos não perdem a oportunidade de uma crise para acumularem riqueza e poder sobre as massas.

O que é notícia aqui, é o facto de Catherine Herridge ser uma profissional com acesso a altos quadros governamentais e altas patentes do Pentágono, bem relacionada em Washington e junto das elites de Silicon Valley e Wall Street. Não é de todo uma senhora que gosta de abrir a boca para proferir afirmações bombásticas que não sejam corroboradas por factos ou informação fidedigna. E considerando as eleições presidenciais de 2024, e que o regime Biden tudo fará para permanecer no poder, podemos especular que uma guerra devastadora com a Rússia, ou o Irão, declarada sobre falsos pressupostos, uma nova e inventada pandemia, uma falsa bandeira sob o disfarce de ataque “terrorista” a infra-estruturas digitais críticas, ou até uma fabricada invasão de extra-terrestres, podem fazer parte da agenda oculta dos poderes instituídos.

Por outro lado, é um facto que os Estados Unidos se mostram hoje mais vulneráveis do que alguma vez nos últimos cem anos, pelo menos, e por isso mais susceptíveis de serem atacados pelos seus inimigos. E no contexto da intensa polarização política a que assistimos quotidianamente, o cenário de uma guerra civil nos EUA, ou de um simples e pacífico, mas não menos terratransformador, processo de secessão não podem ser colocados de lado. Basta pensar no seguinte: como reagirá o eleitorado de Donald Trump se este for retirado do boletim de voto de dezenas de estados da federação? Ou se for entretanto condenado e preso no sequência das mais de noventa acusações criminais de que é alvo e que foram levantadas através de um processo inaudito de instrumentalização política e corrupção activa do sistema judicial americano montado pelo regime Biden?

Tucker Carlson tem até sugerido por várias vezes que os poderes instalados no pântano de Washington poderão chegar ao ponto de tentar assassinar Donald Trump.

E se estas suposições, ou pelo menos algumas delas, podem parecer disparatadas ao sensato leitor, o Contra propõe este exercício mental:

Imagine que entra numa máquina do tempo, que lhe apaga a memória dos últimos dez anos e que o coloca num bar em 2013 a beber um copo com um amigo. Imagine que o amigo lhe diz:

– Sabes que mais? Daqui a uns anos vais ser fechado em casa por causa de um virús respiratório com a taxa de mortalidade de uma gripe, que foi libertado por um laboratório chinês financiado pelos Estados Unidos. E a propósito dessa gripe vais ser forçado a terapias genéticas testadas apenas no espaço de um ano, com efeitos adversos brutais e permanentes, que te vão ser ocultados pelos governos, pela indústria farmacêutica e pela imprensa. Ah, e a pretexto dessa pandemia, vai ocorrer a maior transferência de riqueza, extraída das massas para o âmbito das elites, na história da humanidade.

O Contra era capaz de apostar o seu endereço electrónico que a primeira coisa que ocorreria ao leitor é que o seu amigo já tinha bebido um copo a mais, certo?

Catherine Herridge, por outro lado, parece estar a fazer pleno uso das suas capacidades intelectuais, quando fez estas declarações. E o redactor deste texto garante que está sóbrio, enquanto escreve estas linhas.

E uma coisa é certa: 2024 não vai de certeza ser um ano normal. Mesmo considerando a anormalidade dos anos que temos vivido.