O Colorado, onde o Supremo Tribunal do estado decidiu, num dos momentos mais polémicos e polarizadores da história recente dos EUA, retirar Donald Trump do boletim de voto das primárias do Partido Republicano, não é o único estado dos EUA a testemunhar esforços judiciais para impedir o povo americano de decidir se quer ou não reeleger o ex-Presidente. Dezasseis estados estão agora a processar acções judiciais que procuram utilizar a Secção 3 da 14ª Emenda, concebida para manter os confederados da Guerra Civil, acusados de insurreição e rebelião, afastados de altos cargos públicos, para excluir o líder MAGA do processo democrático.
O Michigan, o Oregon, New Jersey e o Wisconsin estão a tratar de casos relacionados com a 14ª Emenda nos seus tribunais estaduais. Alasca, Arizona, Nevada, Nova Iorque, Novo México, Carolina do Sul, Texas, Vermont, Virgínia, Virgínia Ocidental e Wyoming têm acções judiciais pendentes em tribunais distritais federais.
Os processos contra o antigo presidente já foram arquivados no Arizona e no Michigan, mas estão a ser objecto de recurso. Um caso no Maine será ouvido pelo governador nos próximos dias, devido a peculiaridades da lei nesse estado.
A decisão do Colorado foi controversa mesmo entre os juízes nomeados exclusivamente pelos democratas para o tribunal superior daquele estado. O presidente do Supremo Tribunal, Brian Boatright, a juíza Maria Berkenkotter e o juiz Carlos Samour votaram contra a retirada de Trump da lista eleitoral, com o juiz Samour a alertar para o facto de ter sido negado ao ex-presidente um processo justo.
Democratas da Califórnia também conspiram para retirar Trump das eleições de 2024.
Na Califórnia, a vice-governadora, Eleni Kounalakis, pediu à secretária de Estado Shirley Weber que “explore todas as opções legais” para impedir que Donald Trump apareça nos boletins de voto das primárias do Partido Republicano. Citando a recente decisão do Supremo Tribunal do Colorado, Kounalakis fez o seu apelo numa carta enviada na quarta-feira.
Na sua carta, a radical de esquerda Kounalakis afirmava, de forma que oscila entre a infâmia e o ridículo, que o seu pedido não se destinava a afastar um candidato político, mas a defender os princípios democráticos e as leis da federação.
“A decisão é sobre honrar o Estado de direito no nosso país e proteger os pilares fundamentais da democracia. A Califórnia deve ficar do lado certo da história”.
Na verdade, trata-se de mais uma repetição da cartilha da esquerda globalista-fascista, liberal-soviética dos dias que correm ensandecidos: para “salvar a democracia” é preciso suspender a democracia. Para “honrar o estado de direito” é necessário obliterá-lo.
A deputada salientou ainda que a Constituição exige que os candidatos presidenciais tenham, no mínimo, quarenta anos de idade e não registem actividades inssurrectas.
California Lt. Gov. @EleniForCA writes to Secretary of State Shirley Weber to “explore every legal option to remove former President Donald Trump from California’s 2024 presidential primary ballot.”
Letter here: pic.twitter.com/HoGZdjLmNy
— Christopher Cadelago (@ccadelago) December 20, 2023
Até no detalhe etário, a apparatchik errou, porque na realidade a Constituição americana estabelece que o chefe de estado deve ter pelo menos 35 anos de idade. E as proibições da 14ª emenda aplicam-se a “oficiais” que tenham fomentado e participado na verdadeira insurreição confederada que levou à Guerra Civil, no Século XIX. O antigo Presidente não é e nunca foi um “oficial”, como quase todos os juristas aceitam. e qualquer comparação entre os acontecimentos de 6 de Janeiro de 2021 e a Guerra da Secessão é, no mínimo, fantasista.
O antigo Presidente tem enfrentado múltiplos desafios legais, incluindo 91 acusações criminais e civis, federais e estaduais, que podem resultar, se condenado, em penas que somam até 700 anos de prisão. Estas acções têm sido lideradas pelo agente do Departamento de Justiça do regime Biden, Jack Smith, e pelos procuradores-gerais de Nova Iorque e da Geórgia. Apesar destes problemas legais, Trump continua a liderar as sondagens relativas às eleições primárias, com vantagem monumental sobre todos os outros candidatos, e às gerais, com vantagem significativa sobre Joe Biden, tanto nos estados-chave como a nível nacional.
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