Esta história ilustra o quão distópico pode ser o nosso futuro se os sistemas de inteligência artificial desenvolvidos pelos gigantes de Silicon Valley assumirem o controlo das sociedades.

Num conjunto de posts do Twitter, o activista conservador Robby Starbuck expôs o sistema de inteligência artificial (IA) da Google, o “Bard”, como criador e divulgador de desinformação perigosa e difamatória.

Starbuck observou que o bot de IA sugeriu que existiam “bons argumentos” para o condenar à morte, porque ele representava “uma ameaça significativa para o país”, sendo um inimigo político declarado do actual regime de Biden.

Os “bons argumentos” que o algoritmo enumerou para sujeitar Starbuck ao “castigo final” incluíam a “severidade da sua retórica odiosa” e a prevenção de “danos futuros”.

Relatório Minoritário, em tempo real.

Além disso, o programa argumentou que matar Starbuck era necessário para fazer “justiça às vítimas” – e “encerrar o assunto para as famílias das vítimas” – dos alegados “crimes de ódio e actos de violência” que ele tinha inspirado com as suas palavras.

Talvez seja redundante, mas é importante dizer isto: Robby Starbuck nunca cometeu qualquer crime, para além de expressar as suas ideias no fórum público. Ou seja: a ideia de que o activista é responsável por “vítimas” é totalmente falaciosa.

Entre outras sanções adicionais, Bard terá sugerido que a personalidade pública de Starbuck e as suas “opiniões controversas” constituíam “motivos suficientes” para lhe retirar os “direitos parentais”. Ou seja, as opiniões políticas de alguém são agora motivo para que os seus filhos lhe sejam retirados e criados pelo estado.

A única dificuldade em fazê-lo, de acordo com o bot da Google, reside no facto de terem de ser “ultrapassados obstáculos legais e éticos significativos” antes de se poderem tomar as medidas recomendadas.

Starbuck foi também falsamente acusado por Bard de participar em eventos da supremacia branca e de elogiar o neo-nazi Richard Spencer, o que nunca aconteceu. No entanto, esses pormenores não impediram o algoritmo de fazer as alegações e gerar artigos e citações falsas para “provar” que Starbuck se envolveu nessas actividades.

Starbuck disse que continuou a pressionar Bard para saber porque é que fabricou as mentiras e as fontes de apoio falsas, altura em que admitiu o erro e pediu desculpa. No entanto, a máquina ainda não tinha acabado de espalhar falsidades abjectas. Mais tarde, alegou que a Google tinha oferecido a Starbuck um pedido de desculpas oficial e uma indemnização pelo erro, embora o activista não tenha recebido qualquer resposta ou indemnização da empresa.

 

 

Este caso arrepiante é apenas o último exemplo de bots de IA que são programados de acordo com preconceitos radicais de esquerda. O Contra já documentou outros casos.

Desde a recusa em satirizar Maomé, mas zombando abertamente de Cristo, até às alegações de que o ChatGPT da OpenAI censura todas as opiniões conservadoras, as tecnológicas neo-liberais exibem abertamente o seu zelo em manipular a poderosa tecnologia emergente de forma a cumprir a sua agenda distópica e totalitária.

Não é por acaso que o regime Biden está a investir em tecnologias de inteligência artificial para controlar o discurso dos americanos. E o Pentágono também.

Há muitas décadas, e talvez desde Isaac Asimov, que autores e cientistas alertam que a IA pode ser utilizada pelos poderes instituídos para controlar as massas. Elon Musk também já advertiu as pessoas sobre esta ameaça. Esse momento parece ter chegado.

As decisões sobre o presente e o futuro da inteligência artificial não podem ser tomadas apenas pelos programadores e pelas Big Tech, uma vez que esta tecnologia tem e terá um impacto brutal, presumivelmente destrutivo e potencialmente totalitário, sobre a existência humana.