Quem é que precisa de trabalhistas para destruir o tecido social, económico e cultural do Reino Unido, quando os conservadores estão lá para cumprir o serviço de cinzas?

A migração líquida para o Reino Unido atingiu um “novo recorde” sob o governo do chamado Partido Conservador, de acordo com os últimos números publicados pelo Office for National Statistics (ONS).

Os britânicos viram o saldo migratório aumentar para uns impressionantes 745.000 em 2022, seguido por outros 672.000 só nos primeiros seis meses de 2023.

 

 

A estimativa anterior para o ano de 2022 era de 606 mil. O número revisto de quase 150.000 imigrantes foi atribuído a “padrões inesperados” no comportamento dos migrantes.

“Padrões inesperados” dos migrantes ou globalismo elitista de rédea solta dos governantes?

A vice-directora de estatísticas de migração, Jay Lindop, afirmou a propósito destes números:

“A migração líquida para o Reino Unido tem ocorrido em níveis recordes, impulsionada por um aumento no número de pessoas que vêm trabalhar, pelo aumento do número de estudantes e por uma série de eventos mundiais”.

Na verdade, o Partido Conservador, liderado pelo neo-liberal Rishi Sunak, emitiu mais de 1,1 milhões de vistos de residência para aqueles dentro ou fora da União Europeia que procuram trabalhar ou estudar no país nos últimos 12 meses. E daí os registos recordistas.

Desde que David Cameron, que por acaso até é agora o chefe da dimplomacia britânica, assumiu a liderança dos Tories, em 2010, que o Reino Unido não tem parado de encorajar a imigração. E isto apesar da retórica para inglês ver dos seus sucessivos líderes, que prometem continuamente reduzi-la. Às taxas actuais, o país não reduzirá a migração líquida para níveis anteriores à pandemia (cerca de 280.00 imigrantes por ano) até pelo menos 2027.

O foco oficial do partido tem sido “parar os barcos” que transportam dezenas de milhares de migrantes ilegais através do Canal da Mancha. Essa “prioridade” não teve qualquer sucesso. E a ideia, de ambição deveras modesta, de deportar apenas umas centenas de requerentes de asilo para o Ruanda, sugerida por Sunak, foi prontamente obliterado pelo Supremo Tribunal do Reino Unido, porque os juízes precisam de mão de obra barata para os cuidados domésticos dos seus palacetes e o servilismo dos gentleman clubs.

 

 

O erário público britânico está a pagar 8 milhões de libras (10 milhões de euros) por dia para albergar em hotéis os imigrantes ilegais que chegam constantemente à costa inglesa. São 3 biliões de Libras por ano.

Convém lembrar que o principal motivo pelo qual os ingleses votaram Brexit foi precisamente o de contrariar a política de fronteiras abertas inaugurada pela senhora Angela Merkle.

Mas a vontade popular é hoje, na Europa, completamente irrelevante. E principalmente no Reino Unido, cujo primeiro-ministro foi “eleito” por uma meia dúzia de senhores do universo.