
O antigo primeiro-ministro anti-Brexit David Cameron foi reintegrado no Governo pelo actual primeiro-ministro Rishi Sunak. Será responsável pela política externa britânica, com um cargo análogo ao de Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Sunak teve de remodelar o seu executivo depois de ter demitido Suella Braverman do cargo de Ministra do Interior, pelo pecado capital da senhora ter afirmado, carregada de razão, que a polícia britânica parecia ter preferências em relação aos manifestantes – dando rédea solta aos militantes do Black Lives Matter e anti-Israel, mas reprimindo os cépticos do confinamento e os defensores dos valores nacionais britânicos.
James Cleverly, o antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, foi transferido para o lugar de Braverman, com Cameron a ser trazido de volta do deserto político para ocupar o lugar de Cleverly. Como Cameron já não é um membro eleito do Parlamento (MP), será elevado à Câmara dos Lordes para poder desempenhar as suas funções. Dois tachos chorudos num só movimento corrupto.
Os eleitores do Brexit, já deveras desiludidos com e não representados pelo Partido Conservador britânico, manifestaram dúvidas quanto à ressurreição política de Cameron, um globalista que foi o líder de facto da campanha anti-Brexit em 2016.
Problems caused by appointing @David_Cameron : he’s a reminder of the Tories past; will offend Red Waller Brexiteers; the Greensill lobbying controversy; he’s been criticised for being too close to China – see this from ISC h/t @shashj pic.twitter.com/sDoXUU60sg
— Nick Robinson (@bbcnickrobinson) November 13, 2023
As principais acções de política externa de Cameron enquanto Primeiro-Ministro foram as intervenções militares na Líbia e na Síria, que desestabilizaram ambos os Estados, facilitaram vagas maciças de migração ilegal para a Europa e abriram caminho para a ascensão do Estado Islâmico.
Desde que deixou o governo, tem movido influências em nome de empresas privadas e liderado um fundo de investimento China-Reino Unido no valor de mais de mil milhões de dólares.
Tem portanto o perfil certo para ocupar o cargo dos negócios estrangeiros num governo do elitista-globalista-não eleito Rishi Sunak. Fazem de facto um par de mafiosos perfeitinho.
Isto embora não deixe de ser estranho (ou até esquizofrénico) que um partido cujo eleitorado votou, na sua esmagadora maioria, a favor da saída do Reino Unido da União Europeia celebre assim o regresso ao poder de um europeísta convicto:
He’s back 🔥
Congratulations @David_Cameron 👏 pic.twitter.com/daOUcAWsUL
— Conservatives (@Conservatives) November 13, 2023
É preciso ter muito desdém pelos eleitores. Mas também é verdade que Rishi Sunak não precisa dos eleitores para nada. Chegou onde chegou sem eles, governa contra eles, e sabe perfeitamente que se algum dia for a votos, o que é nesta altura muito improvável, não vai ser eleito para coisíssima alguma.
Relacionados
17 Nov 25
Tucker Carlson apresenta os recibos: FBI de Donald Trump mente descaramente sobre a tentativa de assassinato de… Donald Trump.
É por demais intrigante que o regime Trump esteja a desenvolver uma operação de encobrimento sobre as circunstâncias da tentativa de assassinato de... Trump. E Tucker Carlson mostrou este fim de semana até que ponto ridículo chega o embuste.
14 Nov 25
E-mails divulgados pelos democratas do Congresso implicam Trump nas actividades de Epstein: “Vítima passou horas em minha casa com ele”
E-mails recentemente divulgados de Jeffrey Epstein sugerem que o ex-presidente Donald Trump pode ter estado mais envolvido no círculo próximo do infame pedófilo do que alguma vez admitiu publicamente.
13 Nov 25
Trump considera isentar a Hungria das sanções energéticas russas.
Viktor Orbán foi a Washington tentar explicar a Donald Trump que a Hungria não tem opções de importação de energia para além da Rússia. A ver vamos se o presidente americano mostra algum bom senso para com um dos seus mais leais aliados políticos na Europa.
12 Nov 25
Polícia do Capitólio colocou explosivos perto das sedes Democrata e Republicana em Washington, na véspera do 6 de Janeiro. Meses depois, foi trabalhar para a CIA.
Numa das mais escandalosas operações de falsa bandeira de que há memória nos EUA, o suspeito da tentativa de atentado bombista na véspera de 6 de Janeiro de 2021, que o FBI nunca quis identificar, é Shauni Kerkhoff, uma polícia do Capitólio que depois foi trabalhar para a CIA.
12 Nov 25
Documento da Open Society Foundations, de George Soros, sugere que “o eleitorado ceda parte da sua soberania à elite política”.
Um documento financiado por Soros, da autoria de Sonja Licht, sugere que a melhor forma de resolver a desconfiança pública na democracia liberal é através de uma “elite responsável e corajosa” que anule a soberania popular expressa pelo voto.
11 Nov 25
Democratas cedem e Senado avança com acordo para terminar paralisação do governo federal americano.
Como era previsível, os democratas não suportaram a pressão de manter a máquina federal norte-americana paralisada durante muito tempo e o Senado votou na segunda-feira um acordo bipartidário que vai manter o financiamento da administração pública até 30 de Janeiro de 2026.





