A juíza do Tribunal Distrital dos EUA proibiu o ex-presidente Donald Trump de fazer campanha contra o seu principal oponente político: o governo federal.
Na segunda-feira, a juíza Tanya Chutkan emitiu uma ordem de silêncio para proibir o líder republicano de se manifestar sobre o caso judicial e respectivas acusações, a pouco mais de um ano das próximas eleições. A ordem proíbe Trump de se defender publicamente contra ataques de potenciais testemunhas, funcionários do tribunal ou promotores federais no caso, incluindo o procurador especial Jack Smith.
A juíza Chutkan, que, como o Contra já documentou, será tudo menos imparcial e é declaradamente alérgica a Donald Trump e a todos os seus eleitores, disse a este propósito:
“A questão não é se gosto da linguagem que o Sr. Trump usa. Trata-se de uma linguagem que representa um perigo para a administração da justiça.”
A própria ordem, contudo, representa um perigo para a democracia americana. Os democratas já estão a tentar impedir que os americanos tenham a oportunidade de votar no ex-presidente. Agora, activistas de extrema-esquerda estão a exercer o poder judicial para impedir que Trump lidere uma campanha eficaz. Com uma vantagem de mais de 45 pontos nas primárias republicanas, Trump não concorre contra os outros candidatos que tentam desafiá-lo, mas sim e na verdade contra o Departamento de Justiça do regime Biden que lhe levantou 44 acusações federais, de forma a impedir o normal curso da sua campanha presidencial, num exercício de interferência eleitoral nunca visto na história dos EUA.
O advogado especial que processa Trump pelo motim do Capitólio em 2021 solicitou a ordem de silêncio em Setembro, alegando que as declarações do ex-presidente sobre o caso procuravam “minar a integridade desses processos e prejudicar o júri”. No entanto, os procedimentos foram prejudicados desde o início com a escolha da Juíza Chutkan para presidir a um caso politicamente carregado na capital do país. Pouco mais de uma semana depois de Smith solicitar a ordem de silêncio, Chutkan recusou uma moção da equipa jurídica de Trump para que ela se retirasse do julgamento.
Nunca houve qualquer dúvida sobre como Chutkan poderia decidir sobre matérias importantes desde que as acusações de 6 de janeiro foram proferidas pela primeira vez a 1 de Agosto. A Juíza activista, que transporta uma animosidade óbvia contra o ex-presidente e seus apoiantes, não poderia ser mais amigável para os promotores federais, num distrito que é também um dos mais favoráveis ao caso do governo. Além do facto dos residentes de Washington D.C. terem votado em Biden em 2020 por impressionantes 92%, uma pesquisa do Emerson College descobriu que a maioria dos cidadãos potencialmente elegíveis para o júri, 64%, já haviam decidido votar a favor da condenação de Trump se fossem selecionados. Apenas 8% disseram que considerariam Trump inocente e outros 28% não tinham certeza. A própria Chutkan está provavelmente entre aqueles que votariam a favor da condenação com base em decisões e declarações recentes.
De acordo com a Associated Press, em Agosto, a juíza nomeada por Obama construiu a reputação de “uma dura castigadora dos desordeiros do Capitólio”. Chutkan presidiu a mais de três dúzias de casos relacionados com o motim de 6 de Janeiro de 2021.
“Outros juízes normalmente proferiram sentenças mais brandas do que as solicitadas pelos promotores. Chutkan, no entanto, igualou ou excedeu as recomendações dos procuradores em 19 das suas 38 sentenças. Em quatro desses casos, os promotores não procuravam qualquer pena de prisão.”
Chutkan também condenou as comparações do motim de 6 de janeiro no Capitólio com os motins do BLM e dos movimentos de “justiça social” de 2020, muito mais destrutivos e mortíferos. Esses motins violentos, afirmou ela em numa audiência, foram na verdade
“acções das pessoas que protestavam, principalmente de forma pacífica, por direitos civis. A revolta no Capitólio, por outro lado, foi uma tentativa de derrubar violentamente o governo”.
“Pessoas que protestavam de forma pacífica”. Pois sim:
Não importa os mortos e feridos, a destruição de edifícios do governo federal e os danos no valor de 2 mil milhões de dólares, que fazem da eclosão da violência esquerdista uma das mais destrutivas da história americana. A carnificina desse Verão custou 66 vezes mais do que os danos estimados causados ao Capitólio, num motim que durou apenas umas duas ou três horas.
Os rivais republicanos de Trump atacaram-no por desembolsar uma quantia desproporcional de fundos de campanha para a sua própria defesa legal. Esses ataques, no entanto, não conseguem lidar com a realidade de que, para Trump, os seus adversários sérios não são os outros republicanos na corrida. A sua principal disputa é com o governo federal que procura silenciá-lo e encarcerá-lo em plena campanha eleitoral.
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