Um cientista climático admitiu seguir uma narrativa “pré-aprovada” sobre as alterações climáticas para conseguir a publicação de artigos em revistas de renome.

“Os editores destas revistas deixaram bem claro que querem artigos sobre o clima que apoiem certas narrativas pré-aprovadas”

 

 

Em declarações ao The Free Press, Patrick T. Brown complementou assim a sua confissão:

“Eu sabia que não devia tentar quantificar outros aspectos importantes para além das alterações climáticas na minha investigação, porque isso iria prejudicar a história que revistas prestigiadas como a Nature e a sua rival, a Science, querem contar”.

E continuou:

“Os editores destas revistas deixaram bem claro, tanto pelo que publicam como pelo que rejeitam, que querem artigos sobre o clima que apoiem certas narrativas pré-aprovadas – mesmo quando essas narrativas sacrificam um conhecimento mais profundo para a sociedade”.

Brown, que também lecciona na Johns Hopkins, acrescentou que os preconceitos dos editores e revisores das revistas são bem conhecidos entre os aspirantes a cientistas, que muitas vezes omitem verdades inconvenientes para lhes agradar, um processo que, segundo ele,

“distorce uma grande parte da investigação científica sobre o clima, desinforma o público e, mais importante, torna as soluções prácticas mais difíceis de alcançar”.

Brown admite que exagerou frequentemente o impacto das emissões de gases com efeito de estufa, sabendo que essa é a “narrativa limpa” que as revistas querem ver. E concluiu as suas declarações bombásticas insistindo na corrupção do sistema de publicação de papers:

“No artigo, não nos demos ao trabalho de estudar a influência de outros factores obviamente relevantes. Será que eu sabia que se os incluíssemos, a análise seria mais realista e útil? Sabia. Mas também sabia que isso prejudicaria a narrativa centrada no impacto negativo das alterações climáticas e, portanto, diminuiria as probabilidades do artigo ser aprovado pelos editores e revisores da Nature”.

 

 

É assim que se faz “ciência” no século XX. Não é por acaso, portanto, que a qualidade e fidedignidade das publicações científicas no século XXI estejam em queda livre.

Num famoso ensaio que até já data de 2005, John P. A. Loannidis demonstrou estatisticamente o facto. Sendo que a margem de erro na publicação de papers aceite pela comunidade científica ronda os 20%, a verdade é que a percentagem de negativos e falsos positivos ultrapassa largamente esse limite e pode até atingir valores inversos (80% de papers que apresentam conclusões erradas, 20% que apresentam conclusões certas), dadas as condições entrópicas ideais, como a presença de preconceitos, a multiplicação de variáveis em análise, um número acima da média de teses erradas antes da publicação, fontes já de si corrompidas pelos erros anteriores e etc.

Em 2011, investigadores alemães da Bayer concluíram, através de um inquérito alargado, que mais de 75% dos resultados de pesquisa bio-médica publicados não podiam ser validados.

Em 2012, cientistas da empresa farmacêutica americana Amgen publicaram os resultados de um estudo em que seleccionaram 53 artigos-chave considerados “de referência” e tentaram reproduzi-los. Apenas 6 (11%) puderam ser confirmados.

Em 2013 um membro da redacção da Science (a mesma revista que Brown acusa de preconceito climático) escreveu um paper falso, repleto de erros científicos e estatísticos, e enviou 304 versões do mesmo para uma série de revistas com revisão por pares. Foi aceite para publicação por mais de metade delas.

É arrepiante perceber que, apesar dos métodos de controlo como o peer review ou os algoritmos monitores implementados electronicamente, o erro está a ser disseminado desta forma massiva no corpo documental das disciplinas exactas, impactando directamente a sua virtude epistemológica.

A recusa, em 2022, da APS Physics em publicar um artigo de Sabine Hossenfelder sobre os excessos especulativos da física teórica é um exemplo flagrante de como a comunidade científica está a colocar as conveniências políticas e carreiristas muito à frente da análise crítica a que deve submeter a sua actividade.

O Dr. Jay Bhattacharya, Professor de Stanford que desafiou desde o princípio a ortodoxia dos confinamentos, advertiu que “a liberdade académica está morta”, e que aqueles que fizeram frente à narrativa oficial enfrentam agora “um ambiente de trabalho profundamente hostil”.

É no entanto curioso verificar que, quanto mais corruptas são as metodologias e mais frágeis são os dogmas da comunidade científica e académica, mais os seus agentes de propaganda insistem na necessidade das massas seguirem cegamente os seus mandatos.