A actual contraofensiva da Ucrânia falhou, declarou o Presidente russo Vladimir Putin na segunda-feira.

Após conversações com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, na cidade turística de Sochi, o inquilino do Kremlin afirmou:

“A operação ucraniana não está parada; mas é um fracasso. Pelo menos, é o que parece hoje. Vamos ver o que acontece a seguir. Espero que continue a ser assim”.

Com as perdas ucranianas a aumentar e Kiev a intensificar os seus esforços de recrutamento, o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, confirmou a avaliação do seu Presidente:

“As forças de Kiev não conseguiram romper as linhas russas, apesar de dez dias de ataques violentos.”

No início de Junho, Kiev lançou a tão esperada contraofensiva contra as forças russas, utilizando tanques e veículos blindados fornecidos pelo Ocidente para atacar vários pontos ao longo da linha Kherson-Donetsk. De acordo com os números russos, avançando através de campos minados e sem apoio aéreo, a Ucrânia perdeu pelo menos 43.000 homens só nos primeiros dois meses da operação. Ainda assim, não conseguiu penetrar nem sequer na primeira linha da rede defensiva russa, que tem vários níveis.

O Contra não esconde a sua antipatia pelo regime Zelensky, mas este números são sempre difíceis de reportar.

Desde esse primeiro e impensado e criminoso movimento na direcção da chacina, as forças armadas ucranianas mudaram de táctica, recorrendo a unidades de infantaria mais leves e móveis para tomar edifícios e posições estratégicas. No entanto, as perdas continuam a ser elevadas e, com as forças russas a contrariar eficazmente estes avanços com fogo de artilharia corrigido por drones, Kiev está a tentar recrutar urgentemente mais tropas. Esse esforço de recrutamento, porém, não está a correr de acordo com as necessidades de mobilização das forças ucranianas, até por um razão muito simples e que devia ter sido acautelada logo no princípio da guerra: o país não tem o volume demográfico para se opor à Rússia.

Em desespero de causa, a Ucrânia relaxou os requisitos médicos para o serviço militar e, segundo consta, está a considerar perdoar e realistar desertores.

Em declarações separadas aos meios de comunicação social na segunda-feira, o Ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, confirmou a avaliação de Putin sobre a contraofensiva.

“Hoje está tudo exactamente como o nosso presidente disse. As forças ucranianas, têm efectuado ataques violentos de grande dimensão, mas não conseguiram romper as defesas da Rússia.”

A maior parte dos combates das últimas duas semanas centrou-se na aldeia de Rabotino, situada no sector Zaporozhye perto da cidade de Artyomovsk/Bakhmut, na região de Donetsk. Embora Kiev e os seus apoiantes ocidentais afirmem estar a fazer progressos incrementais em Rabotino, o Ministério da Defesa russo disse na segunda-feira que repeliu um ataque ucraniano à aldeia na noite anterior, matando cerca de 115 soldados ucranianos e destruindo vários veículos blindados e armas de artilharia de fabrico americano.

A Este, nada de novo.