O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que se demitiria se a Ucrânia fosse autorizada a aderir à NATO, uma circunstância que quase certamente arrastaria a aliança atlântica para um conflito directo com a Rússia.

As suas declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa em Kiev, no domingo, motivadas pelo facto de o Presidente Donald Trump o ter descrito como um “ditador” devido ao cancelamento das eleições no ano passado.

A viabilidade da adesão da Ucrânia à NATO é uma questão que tem sido debatida há décadas. O Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, referiu a sua improbabilidade na semana passada, mas as discussões também sugerem a utilização da adesão à NATO como alavanca contra a Rússia nas negociações de paz, embora Washington não tenha confirmado tais planos.

Zelensky também mencionou o progresso nas discussões com os EUA sobre os direitos minerais da Ucrânia. Zelensky comentou os potenciais acordos sem se comprometer com termos que possam sobrecarregar as futuras gerações ucranianas.

O Secretário de Estado Marco Rubio manifestou a sua frustração com as inconsistências nas observações públicas e privadas de Zelensky relativamente a uma proposta de “joint venture” de exploração mineira que poderia dar garantias de segurança em vez de um envolvimento militar directo.

O vice-presidente J.D. Vance deu uma bronca semelhante em Zelensky, em comentários  feitos durante uma entrevista ao The National Pulse, na semana passada:

“Zelensky está a receber conselhos muito maus, e não sei de quem. Ele já não está a lidar com Joe Biden e a administração Biden. Ele está a lidar com Donald Trump e a administração Trump”.