O representante democrata Robert Garcia, da Califórnia, afirmou na CNN na quarta-feira passada que os americanos querem que o seu partido use “armas reais” para lutar contra Elon Musk e o DOGE.

Sim, é verdade. Ele disse isso.

Depois de chamar “idiota” a Musk, Garcia afirmou:

“Eu acho que é realmente importante, e o que o público americano quer é que nós levemos armas reais para esta luta de bar. Esta é uma luta real pela democracia, pelo futuro deste país, e é importante reagir…”

 

 

Acontece que o público americano votou em Novembro do ano passado precisamente no programa que Elon Musk está a executar. O DOGE foi anunciado pelo menos 30 dias antes da eleições presidenciais. Em Outubro de 2024, num comício de campanha, Musk comprometeu-se a ajudar a reduzir as despesas orçamentais anuais dos EUA em “pelo menos 2 triliões de dólares”, como parte de uma revisão das agências federais que levaria a cabo se Trump regressasse à Casa Branca. Nessa altura, afirmou:

“O dinheiro dos vossos impostos está a ser desperdiçado e o Departamento de Eficiência Governamental vai resolver isso.”

Portanto, fazer frente a este projecto validado nas urnas com “armas reais” só pode ser qualificado como uma iniciativa insurrecta, certo? E não foram os democratas que trataram os “insurrectos” do 6 de Janeiro como criminosos?

Neste contexto, o dever do Departamento de Justiça é instaurar o devido processo de insurreição a Robert Garcia.

 

 

E porque será que os democratas vivem neste pânico pelo facto de Musk estar a racionalizar os gastos do governo, a combater a corrupção e a poupar triliões ao orçamento federal, ao ponto de apelarem à violência?

 

 

É evidente que não corrigiram o rumo depois de quase terem assassinado o Presidente Trump com tal retórica. Mas o apelo à repressão violenta já não funciona da mesma maneira que nos últimos 4 anos. Seria bom que Garcia percebesse que não é boa ideia ir armado para esta “luta de bar”. Os seguranças já não são os mesmos.