No que diz respeito ao clima, a comunidade científica e a imprensa corporativa andam há décadas de mãos dadas numa sinistra caminhada de mentiras e disseminação do medo. Os exemplos de fraude pura e dura são aos milhares, mas este, especificamente, é de tal forma gritante que vale a pena destacar.

Em Junho de 2007 a BBC News anunciou em tom adequadamente dogmático:

“Verões do Ártico sem gelo até 2013.”

O artigo alertava os leitores sobre a a suposta ameaça de que “os últimos estudos de modulação indicam que as águas polares do norte podem ficar sem gelo nos verões em apenas 5 a 6 anos”.

 

 

Como em inúmeros outros casos análogos, a alegação completamente infundada do artigo da BBC foi elaborada para incutir medos climáticos no público e forçar uma agenda climática radical de empobrecimento do mundo ocidental e atribuição de poderes totalitários a oligarquias tecnocráticas não eleitas, mas justificadas em nome da ‘ciência’ e do armagedão.

Acontece que, 17 anos depois da publicação desta peça de propaganda e desinformação, a extensão da área gelada do Ártico no Verão de 2024 é 26% maior do que era em 2012, de acordo com os dados da NOAA Sea Ice Extent de 16 de Setembro de 2012 e 7 de Setembro de 2024:

 

Dados da extensão do gelo marinho da NOAA – 2012

 

Dados da extensão do gelo marinho da NOAA – 2024

 

É claro que artigos apocalípticos e fraudulentos como este nunca são retratados com dados que não servem à narrativa. Mas de qualquer forma não é por acaso que o ‘aquecimento global’ foi renomeado para ‘alterações climáticas’, quando até os profetas do fim do mundo perceberam que os dados não corroboravam as suas previsões. Tanto mais que ninguém pode negar as ditas ‘alterações’, já que o clima na Terra mostra de facto e historicamente inconstâncias várias, sendo que a questão fundamental é a de saber se essas alterações se devem à actividade humana e à libertação de dióxido de carbono ou derivam de causas naturais, como sejam os índices de radiação solar, as perturbações na magnetoesfera ou padrões climáticos de longo prazo, entre outras causas potenciais.

A BBC é aliás um anedótico motor de desinformação climática: Em 2010 reportou as declarações de um tal Dr. David Viner, investigador sénior da unidade de pesquisa climática da Universidade de East Anglia, que afirmava:

“Dentro de poucos anos a queda de neve no Inverno será um evento muito raro e emocionante. As crianças simplesmente não saberão o que é neve”.

14 anos depois, neva como sempre nevou, em toda a parte. E o Dr. David Viner foi entretanto corrido da Universidade de East Anglia, mas continua a enganar os incautos na empresa de consultadoria britânica Mott MacDonald.

Porque estes predadores da credulidade pública caem sempre de pé.