«Uma Rosa vive no Monte»,
cantas-me tu, ao deitar.
«Faz ninho sob o luar,
é vizinha de Caronte».
Nos braços da tua voz doce,
os meus olhos vão vogando.
Penso nela como se fosse
aquela Flor me embalando.
Mas o peso do dia passado,
atento ao sonho que espreita,
insiste em ter-me acordado.
É então que subo ao Ar,
voo para o Monte distante
e durmo sob a Rosa ao luar.
Alburneo
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