Banqueiros, militares, políticos e apparatchiks da imprensa corporativa estão a seguir o mesmo guião, como sempre, num alegre e arrepiante consenso de que a III Guerra Mundial é inevitável, já está até a acontecer, e estamos prestes a morrer todos (eles também, apesar de pensarem que escapam). Mas seria talvez apropriado sabermos porquê e em nome de quê.

Vamos morrer todos em nome da integridade das fronteiras da Ucrânia? Vamos morrer todos porque Vladimir Putin não quer que a NATO cerque a totalidade ocidental do território russo? Vamos morrer todos porque o Kremlin não tem um departamento de Diversidade, Equidade e Inclusão? Vamos morrer todos porquê?

E não será psicopata esta alegria apocalíptica? E não será suspeito este uníssono profético das elites?

 

 

E não teremos nós, cidadãos do Ocidente, uma palavra a dizer sobre o assunto? Não teremos nós que proteger as vidas dos nossos filhos, o legado dos nossos avós, o futuro da humanidade?

Não será nosso dever salvar o planeta, não de um falso armagedão climático, mas de um concreto cataclismo termo-nuclear?

Não será chegado o momento de travar estes maníacos todos que nos querem empurrar para o inferno, estes senhores da guerra que não sabem o que é a guerra, estes generais que nunca sofreram os males da trincheira, estes moços de redacção, que têm por contrariedade máxima nas suas vidas uma falha momentânea da rede wifi?

 

 

Até que ponto seremos bovinos, mesmo quando seguimos o caminho, bem sinalizado com reclames electrificados e alertas amplificados, do matadouro?

Diz-me tu, gentil leitora, queres mesmo sacrificar a tua família no altar do regime Zelensky?

Diz-me tu, estimado leitor, estás preparado para seres rebentado em nome da “democracia” que tens agora? A democracia de anular eleições que caem para o lado errado (como na Roménia), de proibir partidos inconvenientes (como na Alemanha), de impedir que os partidos mais votados acedam ao poder (como na Áustria) ou que os políticos eleitos exerçam plenamente os seus mandatos (como nos Países Baixos)? A democracia de manter o poder contra a vontade da larga maioria dos cidadãos (como em França)? A democracia de abater a tiro líderes políticos de quem não se gosta (como na Eslováquia), ou de governar com terroristas (como em Espanha)? A democracia de trair mandatos eleitorais (como em Itália)? A democracia de prender milhares de pessoas por delito de opinião (como no Reino Unido), congelar contas bancárias de opositores políticos (como no Canadá) ou persegui-los judicialmente (como nos EUA)? A democracia da Comissão Europeia, eleita por ninguém e imperadora sobre toda a gente?

É por esta “democracia” que vamos carbonizar a civilização?

O momento para desalojar os psicopatas que estão alojados nas esferas do poder deste lado do hemisfério já chegou há anos atrás, quando por causa de uma gripe nos fascizaram a existência. Mas agora, neste preciso momento e antes que os cogumelos se levantem sobre o horizonte, a urgência, desatempada e escancarada, é gritante: Há que passar à acção.

Há que purgar o Ocidente antes que o Ocidente purgue o mundo.

E, que me perdoe Jesus Cristo, por uma vez direi: custe o que custar.

 

 

Paulo Hasse Paixão
Publisher . ContraCultura