Oito dias depois do facto, não se ouviu um único responsável da saúde em Portugal manifestar-se relativamente ao relatório do Comité de Supervisão e Responsabilidade do Congresso dos EUA sobre a “Revisão pós-acção da pandemia COVID-19: as lições aprendidas e o caminho a seguir”.
Neste comité foi feita uma análise das medidas tomadas durante a pandemia COVID-19, que se traduziu numa série de críticas quanto à sua base científica e especialmente em relação à implementação de políticas draconianas.
O comité baseou-se em documentos de revisão científica que, perante o silêncio dos nossos governantes e responsáveis pela saúde, já para não falar dos especialistas televisivos, podemos resumir e comentar da seguinte forma:
Uso de Máscaras: Uma das medidas mais controversas foi a obrigatoriedade do uso de máscaras. A eficácia das máscaras foi sempre questionada por verdadeiros profissionais de saúde, (uns calaram-se por opressão, outros por covardia), especialmente no que diz respeito ao uso por populações saudáveis em contextos não clínicos. Pesquisas indicam que, em cenários de alta prevalência, o uso continuo de uma máscara torna-se prejudicial, e há estudos que revelam que as máscaras não fazem qualquer efeito e muito menos que tenham algum impacto na transmissão. A aplicação universal e prolongada foi criticada por não ser apoiada em evidências robustas de eficácia em todos os contextos. Além disso, a falta de formação adequada sobre o uso correcto das máscaras pode ter minimizado qualquer eventual benefício.
De notar que as perseguições da opinião dissidente foram contínuas e há que destacar o “linchamento” público de quem nos trazia a verdade à discussão. A Dra. Margarida Oliveira escrevia sobre verdadeira e fundamentada ciência, como nesta publicação de 2020, e era de imediato atacada nos órgãos de comunicação social.
A Dra. Margarida Oliveira, uma das grandes referências da medicina em Portugal, sempre publicou opinião fundamentada e devemos-lhe agradecer a partilha do seu conhecimento. Não tenham dúvidas, esta médica salvou muitas vidas.
Lockdowns e Distanciamento Social: Os lockdowns, ou confinamentos, foram uma medida amplamente adoptada, mas a sua implementação foi profundamente contestada. Estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sugerem que os lockdowns não foram particularmente benéficos para a população em geral, considerando os impactos económicos, sociais e de saúde mental. A crítica principal é que essas políticas foram implementadas sem uma base científica sólida que demonstrasse claramente a proporção entre os benefícios e os custos. O relatório do Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes dos EUA também menciona que o distanciamento social não se baseava necessariamente na ciência, mas sim em directrizes que “simplesmente apareceram”.
Vacinação: A vacinação contra a COVID-19 foi uma das medidas mais celebradas, mas não sem controvérsia. As críticas incluem preocupações sobre a segurança e a eficácia das vacinas, especialmente com a rápida aprovação de emergência que limitou o tempo de estudos de longo prazo. A AstraZeneca, por exemplo, admitiu um aumento na incidência de eventos adversos graves como embolias e mortes relacionadas com a sua vacina. Além disso, a pressão para vacinar rapidamente a população global levantou questões sobre consentimento informado e a transparência dos dados de segurança e eficácia. Pesquisas recentes também levantaram preocupações sobre potenciais efeitos colaterais a longo prazo, ainda não totalmente compreendidos.
No entanto, o relatório poderia ter ido mais fundo nesta problemática e ter juntado muitas centenas de estudos médicos e científicos revistos por pares, submetidos a diversas revistas médicas, que mostram a ligação entre as injeçcões contra a Covid-19 e efeitos colaterais graves.
A afirmação “siga a ciência” deixou há muito de ser válida!
De facto, e apesar da censura, a quantidade de estudos publicados que relacionam directamente os inoculados experimentais com danos graves e mortes é já quase incomensurável. As pesquisas feitas com base em autópsias constituem um caso paradigmático deste corpo de evidências científicas.
Não admira que milhares de médicos estejam a exigir a retirada das injecções experimentais imediatamente.
Medidas de Higiene e Desinfecção: A recomendação de higienização intensa de superfícies foi inicialmente baseada na suposição de que o vírus SARS-CoV-2 poderia sobreviver em superfícies por longos períodos. No entanto, estudos subsequentes mostraram que a transmissão através de superfícies é muito menos comum do que inicialmente pensado, levando a críticas de que essas directrizes desperdiçaram recursos e tempo, potencialmente desviando a atenção das estratégias mais eficazes de controle de infecção.
Testagem em Massa: A estratégia de testagem em massa foi outra medida onde a validade científica foi questionada. A exactidão dos testes, especialmente os testes rápidos de antigénio, variava significativamente, o que poderia levar a falsos positivos ou negativos, impactando a confiança nas decisões de saúde pública baseadas nesses resultados. Além disso, a sobrecarga em laboratórios e a falta de infraestruturas em muitos países para processar testes em grande escala geraram mais dúvidas sobre a eficiência e a necessidade dessa abordagem.
Resumindo: Uma lavagem de dinheiro e um esbanjar de erário publico com produtos e meios de diagnóstico ineficazes e comprovadamente estéreis.
Políticas de Quarentena: A imposição de quarentenas para indivíduos que tiveram contacto com casos confirmados foi outra área onde a aplicação prática não seguiu consistentemente as evidências científicas. A duração e as condições de quarentena em muitos casos não foram baseadas em dados sobre o período de incubação ou transmissibilidade do vírus, levando à crítica de que essas políticas foram mais punitivas do que preventivas.
Impacto Psicológico e Social: O impacto das medidas sobre a saúde mental e o bem-estar social foi significativo, mas muitas vezes não foi considerado na formulação das políticas. A falta de avaliação científica sobre os efeitos colaterais dessas medidas no longo prazo, especialmente em populações vulneráveis, é vista como um erro significativo.
Estratégias de Comunicação: A comunicação durante a pandemia foi frequentemente incoerente e às vezes contraditória, levando a uma erosão da confiança pública nas instituições de saúde. A ciência é um processo dinâmico, mas a comunicação das mudanças nas recomendações sem uma explicação clara da causa de alteração das directrizes anteriores contribuiu para a desinformação e a desconfiança.
O que o relatório não refere directamente, é que a comunicação social e os influencers de rede social foram sobejamente bem pagos com o dinheiro dos contribuintes, para construir uma narrativa sem contraditório. Nesse aspecto, parabéns, a censura venceu.
Em resumo, as medidas draconianas tomadas durante a pandemia COVID-19 não apresentaram em seu favor evidências científicas. A aplicação cega de más políticas, a falta de consideração pelos efeitos colaterais e a comunicação inadequada imperaram.
O relatório do Congresso norte-americano, oferece-nos também uma análise extensiva sobre factos consumados, com foco nas lições aprendidas e em recomendações para o futuro.
1. Origem do Vírus: O relatório sugere que o COVID-19 teve origem num incidente relacionado com o laboratório em Wuhan, ligado à pesquisa de ganho de função financiada com dinheiro dos contribuintes dos EUA. Isso levanta questões sobre a segurança e ética das pesquisas biológicas.
(Eu discordo desta parte, o Evento 201, e muitos outros documentos e factos, dizem-nos que não se tratou de um mero incidente).
2. Fraude e Desperdício de Recursos: Houve uma perda significativa de fundos, com mais de $200 biliões de dólares desviados por fraudes, principalmente relacionadas com o Programa de Protecção ao Pagamento (PPP) e aos pedidos fraudulentos de seguro de desemprego. Isto aponta para falhas graves na supervisão e controle dos fundos de emergência.
3. Resposta Governamental: O relatório denuncia a insuficiente coordenação entre os governos federal e as autoridades estaduais e destaca a falta de preparação e supervisão na alocação dos fundos de alívio. Também faz menção à obstrução por parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) nas investigações, indicando um possível encobrimento ou negligência.
4. Impactos de Longo Prazo: O relatório discute os impactos duradouros da pandemia, incluindo a perda de décadas de progresso académico para crianças devido ao fechar das escolas e a um aumento significativo de problemas de saúde mental, especialmente entre jovens.
5. Medidas de Mitigação: Faz-se no relatório uma crítica às medidas de distanciamento social, como a regra dos “2 metros de distância”, que é descrita como arbitrária e não baseada em ciência sólida, sublinhando-se a necessidade de directrizes fundadas em sólidas evidências científicas para futuras pandemias.
6. Recomendações para o futuro: Aumentar a transparência e responsabilidade das agências governamentais, e reformular as políticas de saúde pública para serem mais resilientes e baseadas em dados científicos.
Os dados contidos neste relatório vêm reforçar o conhecimento empírico de médicos e investigadores. O relatório é significativo, não apenas pela extensão da investigação e volume de informações analisadas, mas também pelas implicações políticas que pode ter em futuras reformas das políticas de saúde. Esperemos que o Ministério da Saúde, a Direçcão Geral de Saúde e o Infarmed tirem dele ilações, pois as medidas adoptadas em Portugal foram em tudo idênticas àquelas reportadas pelo Congresso dos EUA.
NUNO PEREIRA
Nuno Matos Pereira é licenciado em Sistemas de Informação e Multimédia, com PG em CID e ESP. SEO.
Faz análise política e estudos sobre políticas globalistas e agenda 20/30.
É coordenador distrital do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN).
Pode segui-lo no Twitter/X: @matospereiracom
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