Alguém já esqueceu o escândalo da cerimônia de abertura das Olimpíadas na França, neste 2024?
Um misto dos mais alucinados filmes de Fellini com toques do pavoroso “Pink Flamingos” (Divine / John Waters) e toneladas de pornografia, deboches e deformações dos mais simbólicos e caros elementos do cristianismo: assim entendi, de modo bastante breve e comedido, a abertura das tais e infames Olimpíadas.
Em verdadeiro acesso de vômito, uma hemoptise cultural, expuseram ao mundo um show de péssimo gosto, envolvendo drag queens caricatas e demônios – sim, pois o mesmo lá esteve como anfitrião e representado por incontáveis símbolos, que esbofetearam não somente a cara de Jesus Cristo como, também, de toda a sociedade judaico-cristã ocidental – mera exibição e promoção de rituais satânicos, práticas anormais e psicopáticas.
Exultante, o auxiliar corcunda de Belzebú – mais conhecido como Macron – exclamou: “Conseguimos!”, e talvez semelhante besta apocalíptica não esteja, de todo, errada. Com sua aprovação, na capital de seu país (que foi, outrora, referência em cultura, civilização e mesmo finesse para o mundo), o Primeiro Ministro Quasímodo exibiu ao mundo estupefato não uma simples festa de abertura de Jogos Olímpicos, mas uma real missa satânica.
Um atleta brasileiro, que competiu no surf, não pôde representar o Cristo Redentor em sua prancha mas travestis tiveram toda a liberdade de escarnecer Jesus na abertura, profanando descaradamente a Santa Ceia na cerimônia – sim, o surfista “Chumbinho” foi obrigado a remover a pintura do Cristo Redentor em suas pranchas porque “os jogos tem regras focadas na neutralidade religiosa”… Certamente tal “neutralidade” foi deixada bem clara nos deboches aos valores cristãos – sempre representados por deformidades humanas no palco – enquanto a religião de Maomé sequer foi lembrada por nenhum dos marginais hereges envolvidos.
Nunca é demais lembrar o curioso comportamento de isenção, em um país que teve um jornal dizimado e jornalistas mortos à bomba – Charlie Hebdo – apenas por terem feito uma charge de Maomé. Talvez o segredo para os cristãos obterem um mínimo de respeito seja esse: para cada deboche, dez almas.
Donald Trump disse, ainda em pré-campanha: “A cerimônia das Olimpíadas foi um show de drag satânico. Eles estavam zombando de Deus, dos cristãos e do cristianismo. Vou parar com esse satanismo doentio já no primeiro dia”, afirmou. E não é preciso ser um estudioso do simbolismo religioso para identificar, de pronto, todas as ofensas que foram atiradas às faces cristãs, tais como bezerros de ouro, cavaleiros do apocalipse, entre outros.
Tal festa bacante – bacanal – exibiu sobejamente o colapso da civilização e da cultura cristã na Europa Ocidental, com travestis retratando a Última Ceia, mas os organizadores das Olimpíadas declararam, candidamente, que a imagem é apenas “interpretação do deus grego Dionísio, para nos tornar conscientes do absurdo da violência entre os seres humanos” – e talvez estejamos presenciando o ápice da hipocrisia que um satanista confesso possa alcançar, confiante em nossa passividade quase apóstata.
Uma criança – sim, elas não podem faltar em tais tipos de bacanais – em meio a drag queens, representava o papel de discípula enquanto uma mulher, obesa ao limiar da explosão, aparecia no centro fazendo às vezes de Jesus, em clara escatologia (uso o termo como sinônimo de coprologia) e nos remetendo à Santa Ceia – pura profanação – e dando a chocante percepção que todos os telespectadores tiveram, ao assistir semelhante e bizarra cena.
A comentarista política brasileira Karina Michelin escreveu, no X-Twitter, que “não é a França somente que fala, mas sim uma minoria da esquerda radical, progressista, filhos do globalismo prontos para qualquer provocação e degradação da humanidade.”, e a mesma está certíssima.
Também acrescentou que a Conferência Episcopal Francesa repudiou as cenas de zombaria do cristianismo, e constatou – tal como todos que assistiram o bacanal olímpico – que “os satanistas sequer tentaram esconder seu desdém pelo sagrado, vergonhosamente abordando todas as questões sociais que eles próprios criaram para fomentar o caos na humanidade”.
Segundo Karina, “está tudo bem para a religião satânica do Woke (pós-modernismo neo-marxista) zombar e debochar do cristianismo, afinal qual religião está dominando a França mesmo?”, pergunta. E eu respondo: a França – tal como Inglaterra e Alemanha – já é, de fato, um califado muçulmano e, por isso, nenhuma menção a quaisquer outras religiões foi feita.
Por óbvio a enormidade, mundialmente assistida, provocou revolta e fúria em milhões de pessoas (não as fazendo, entretanto, levantar do sofá para quebrar a cara dos apóstatas) e a reação dos procuradores de Belzebú não poderia ser outra: igual ao Brasil do STF, a censura.
Usando como pretexto a violação de “copyright” os procuradores de Satanás tentaram, logo depois de constatada a reação furiosa, controlar os danos causados pelo impacto negativo das ofensas, cometidas na cerimônia de abertura – melhor dizendo, bacanal – ocorrida.
O conhecido (aqui no Brasil) Lorenzo Ridolfi diz que “praticamente todos os usuários da plataforma X receberam notificações de DMCA dos Jogos Olímpicos hoje. Mesmo que todos os clipes postados estivessem na diretriz de ‘20 segundos’ para eventos esportivos (a maioria dos clipes tinha menos de 10 segundos), os Jogos Olímpicos estão forçando a remoção desses vídeos”. E acrescenta: “eles estão tentando apagar e controlar a cobertura da cerimônia de abertura da noite passada. Não é difícil imaginar o motivo por trás dessa tentativa de censura, mas fica claro que há uma preocupação em suprimir as críticas e os comentários negativos que surgiram após o evento”.
Talvez estejamos em um raro momento da humanidade em que reina o assombro mútuo, tanto por parte dos agressores quanto dos agredidos, ambos pasmos com a enormidade do ato.
Os agressores sentem, neste momento, que ultrapassaram – em escala bíblica – todos os limites da ignomínia, baixeza e depravação em sua ânsia iconoclasta, revelando-se verdadeiramente surpresos com as dimensões inauditas das enormidades cometidas. Reagem censurando, buscando apoio em mitologias da era do bronze e, de alguma maneira, esperando emprestar um caráter não tão profano e belicoso ao bacanal que Macron – o Quasímodo de Paris – aplaudiu.
Os agredidos por sua vez – toda a civilização judaico-cristã ocidental – apavora-se e refugia-se em “prenúncios do fim do mundo”, para não ser obrigada a fazer o que verdadeiramente deveria ser feito; como seja, tirar dos armários as velhas espadas e roupas de “Cruzados”, Cavaleiros de Cristo, e empreender verdadeira e furiosa cruzada contra não apenas os inimigos da fé como, também, igualmente destruidores de nossa civilização e que, brevemente, nos escravizarão sem dó ou piedade.
Ainda assim, ouso ser otimista e apontar tamanha desgraça como o soar das trombetas finais para a “cultura woke” que, coincidentemente, passou a ser publicamente repudiada e condenada por nomes famosos dos mais diversos setores – basta ver as iniciativas do ator norte-americano Mel Gibson – após tais acontecidos.
Momento tristemente marcante na história do homem, poderíamos supor ser a bacanal de abertura dos Jogos Olímpicos uma cerimônia de encerramento da humanidade por sobre a terra, mas insisto em enxergar luzes ao fim deste túnel, apontando como próximo o fim de tais pensamentos hediondos e bárbaros – e tudo isso graças ao condão da verdadeira e torpe face exposta ao planeta Terra, a feição horrível de algo até então vendido como “puro e justo” mas incapaz, hoje, de manter tal mentira.
Não devemos esquecer os horrores de tal cerimônia e, muito menos, o poder libertador que a mesma teve ao exibir o demônio em sua totalidade.
Quanto a Bergoglio, esqueça-o. E que a consciência dos eternos omissos lhes seja leve.
WALTER BIANCARDINE
___________
Walter Biancardine foi aluno de Olavo de Carvalho, é analista político, jornalista (Diário Cabofriense, Rede Lagos TV, Rádio Ondas Fm) e blogger; foi funcionário da OEA – Organização dos Estados Americanos.
As opiniões do autor não reflectem necessariamente a posição do ContraCultura.
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