A melga é insignificante
Mas a picada
Não

 

 

Vivi uma vida boa e cheia e
Podia morrer agora e
No entanto

 

 

Às escondidas do seu polido globalismo
O Presidente da República
Coça os tomates

 

 

O grande estadista será vizinho
Do torneiro mecânico –
No cemitério

 

 

Não consigo versos
económicos como Kobayashi –
Tagarela!

 

 

A tolerância é uma virtude
Para aqueles que não têm
Outra

 

 

O besouro é horroroso –
Ainda assim
Tem asas

 

 

Não há humanos iguais
A não ser quando sentados
Na sanita

 

 

De serem tão populares
Os santos
São laicos

 

 

Não estamos sós
Diz a National Geographic –
Silêncio

 

 

Os meus haikus são tão beras
Como o rock
Alemão

 

 

Não faço contas às 17 sílabas
Do cânone nipónico –
Barco à vela, com motor

 

 

O preço de um lugar ao sol –
As putas das moscas
Não me largam

 

 

A beleza do parque de estacionamento
Está na cara de quem
Encontra um lugar 

 

 

Há quem acredite em políticos
Como na paixão
Das prostitutas

 

 

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A Arte do Haiku: Introdução.
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