Um dia depois de três crianças terem sido mortalmente esfaqueadas por um homem de origem imigrante, enquanto assistiam a uma aula de dança, eclodiram uma série de tumultos e confrontos com a polícia na cidade de Southport, no Reino Unido.

 

As imagens dos confrontos com a polícia foram primeiro publicadas no X por Darren Grimes, que afirmou que os amotinados tinham incendiado uma carrinha da polícia depois de a terem atacado.

Tommy Robinson, activista contra os gangs muçulmanos de aliciamento de menores, publicou também vários vídeos dos desordeiros, afirmando:

“As pessoas estão fartas. Quem os pode censurar?”

 

 

A violência ocorreu apenas um dia depois de três raparigas de seis, sete e nove anos terem sido brutalmente esfaqueadas até à morte enquanto assistiam a uma aula de dança inspirada em Taylor Swift, tendo outras nove ficado feridas.

Um homem de 17 anos, filho de dois imigrantes do Ruanda e nascido em Cardiff, foi posteriormente detido pela polícia e permanece sob custódia. As autoridades ainda não indicaram o motivo do ataque, preocupando-se apenas em afirmar, sem revelarem qualquer evidência nesse sentido, que as mortes não estão relacionadas com terrorismo.

A raiva já se fazia sentir nas ruas de Southport antes dos tumultos de terça-feira, quando o Primeiro-Ministro britânico, Sir Keir Starmer, foi hostilizado pelos habitantes locais ao tentar depositar flores no local dos assassínios. “Quantas crianças mais, Primeiro-Ministro?”, gritou um residente local, enquanto outros disseram ao Primeiro-Ministro Starmer que não era bem-vindo, tendo um deles chegado mesmo a chamar-lhe ‘escumalha’.

Os novos tumultos ocorreram pouco mais de uma semana após actos de violência semelhante terem eclodido na zona de Harehills, em Leeds, depois de a polícia local ter retirado várias crianças a uma família cigana.

A agitação social decorrente das políticas de imigração neo-liberais que afectam as ilhas britânicas também se tem plasmado na Irlanda. Protestos violentos eclodiram nas vilas de Dundrum, Roscrea e Clonmel, a propósito da intenção do governo de alojar imigrantes aos milhares nestas pequenas localidades, alterando por completo a sua composição demográfica.

O subúrbio operário de Coolock, no norte de Dublin, foi palco de uma série de ataques incendiários devido à transformação de uma antiga fábrica de tintas num centro de asilo para refugiados.

A polícia de choque foi também enviada para o reduto republicano de Dundalk, onde a comunidade se manifestou sob o lema “Dundalk diz não” contra os planos de conversão de um antigo orfanato em alojamento para 260 ucranianos deslocados.

Em Dublin, as autoridades foram forçadas a tomar a decisão embaraçosa de abandonar efectivamente um potencial centro de asilo depois de pelo menos cinco ataques incendiários distintos. Os acampamentos de refugiados somalis também foram atacados no centro da cidade.