Até os mais cegos e fanáticos e radicais e tresloucados democratas conseguem ver o óbvio: Joe Biden não tem condições para continuar a fingir que é Presidente (já em 2020 não tinha) e a cada dia que passa o seu quadro clínico deteriora-se claramente.

O debate presidencial de 27 de Junho, organizado pela CNN, poderá ser um momento decisivo para o senil inquilino da Casa Branca, de 81 anos. Uma reportagem do Daily Mail revela que, se Biden vacilar durante o confronto com o ex-presidente Donald J. Trump, os líderes do Partido Democrata podem tentar anular a sua candidatura.

David Axelrod, um estratega democrata, indicou que o debate se destina a demonstrar a aptidão de Biden para continuar na corrida. O ex-conselheiro de Clinton, Mark Penn, referiu que este debate poderá ser a última oportunidade para Biden garantir aos eleitores que é capaz de fazer política. Se Biden vacilar nesse debate ou se os seus números nas sondagens continuarem a cair a pique, isso poderá levar as principais figuras democratas – potencialmente Barak Obama, Bill Clinton, Nancy Pelosi e Chuck Schumer – a persuadi-lo a afastar-se. Alguns membros do partido sugerem que seria necessária uma frente unificada para efectuar uma mudança tão significativa.

 

Perdido e desorientado.

As questões relativas à potencial retirada de Biden da corrida presidencial de 2024 intensificaram-se na sequência de vários incidentes públicos recentes em que o octagenário pareceu desorientado. No recente encontro dos G7 em Itália, aconteceu isto:

 

 

Num evento de angariação de fundos realizado em Los Angeles, Barack Obama foi visto a ajudar o candidato democrata a sair do palco, alimentando ainda mais a especulação sobre a saúde e a aptidão do Presidente para cumprir outro mandato.

 

 

A situação seguiu-se a um episódio bizarro na Casa Branca, em que Biden permaneceu imóvel durante quase um minuto durante uma celebração do Juneteenth, suscitando a preocupação daqueles que o rodeavam, incluindo Philonise Floyd, que pareceu intervir para verificar o estado de saúde do Presidente.

 

 

O especialista em sondagens e líder de opinião ligado ao establishment de Washington, Nate Silver, manifestou publicamente as suas preocupações com a campanha de Biden e a sua idade avançada. Num post recente nas redes sociais, Silver sublinhou o declínio dos índices de aprovação de Biden – que caíram para 37,4% nos últimos dias, enfatizando que, para muitos eleitores, a idade do candidato democrata se tornou uma questão significativa e afirmando que é “uma preocupação extremamente compreensível”, dado que Biden teria 86 anos no final de um potencial segundo mandato. Outras vozes proeminentes do Partido Democrata, como James Carville, declararam abertamente que Biden não deveria concorrer à reeleição.

 

 

Um plano sem garantias.

No entanto, o processo de substituição de um candidato em exercício do cargo continua repleto de riscos e complexidade. Comentaristas políticos como Joe Klein propuseram que um novo candidato, mais “jovem, eloquente e dinâmico”, poderia potencialmente galvanizar o partido com um poderoso discurso na convenção. No entanto, a persistência da candidatura de Biden e a sua relutância em abandonar o cargo podem complicar estes esforços.

A campanha de Biden decidiu realizar uma nomeação online com uma “votação nominal virtual” antes da Convenção Nacional Democrata de Agosto para manter o controlo sobre o processo. Se Biden se afastasse, o consenso entre os estrategas democratas é que o seu substituto não seria automaticamente a vice-presidente Kamala Harris devido a várias considerações políticas, entre as quais a sua reduzida aceitação pelo eleitorado.

Mas ninguém tem a certeza que Joe Biden facilite a sua retirada de cena.