A primeira sondagem depois de Macron ter decidido antecipar as eleições legislativas francesas é devastadora para as ambições do globalista e uma boa notícia para Marine Le Pen.

A sondagem realizada após a notícia de que o Presidente francês Emmanuel Macron vai realizar eleições antecipadas em Junho mostra o Rassemblement National a obter uma maioria relativa, entre 235 e 265 lugares, enquanto o partido de Macron obteria apenas 125 a 155 lugares.

 

 

No entanto, a sondagem da Harris Interactive para a publicação francesa Challenges foi realizada antes da notícia de que o Rassemblement National (RN) e o Les Republicans (LR), liderados por Éric Ciotti, iriam formar uma aliança, na expectativa de conseguir uma maioria absoluta à direita. De acordo com esse pacto eleitoral, os candidatos do LR concorrerão sob a égide do RN.

A sondagem da Harris Interactive mostra que o LR obteria entre 40 e 55 lugares se a votação se realizasse agora. Não se sabe ao certo quantos lugares obteria uma candidatura conjunta dos dois partidos.

Anunciando essa aliança, Ciotti afirmou:

“Precisamos de uma aliança, estamos a fazê-la, uma aliança com o Rassemblement National, com os seus candidatos. Nós amamos a França, acreditamos na autoridade. O desafio é endireitar o país.”

Admitindo que a mensagem do seu partido não conseguiu chegar aos eleitores, Ciotti considerou assim que a aliança com Le Pen seria a solução mais pertinente.

No entanto, surgiram já notícias, que Paul Jospeph Watson comenta no clip em baixo, que muitos dos altos quadros do Les Republicans, conservadores só de nome, rejeitaram o pacto com o Rassemblement National, estão a considerar forçar Ciotti à demissão e a fazer tudo o que é possível para que Macron possa permanecer no poder.

O Unipartido elitista-globalista também funciona em França. E de que maneira.

 

 

Os analistas consideram que a decisão de Macron de realizar eleições antecipadas, tomada depois da derrota estrondosa nas eleições para o Parlamento Europeu, é uma aposta perdida, que pode levar Marine Le Pen ao poder, o que provocaria uma mudança radical nos equilíbrios ideológicos da UE, alterações significativas nas leis de imigração em França e uma abordagem muito diferente em relação à guerra na Ucrânia.

Apesar de não estarem em causa eleições presidenciais, Macron poderá ter que se demitir caso Le Pen obtenha a maioria absoluta no parlamento. E mesmo com uma maioria relativa, será sempre muito difícil o relacionamento entre o Eliseu e um executivo dissidente das convicções neoliberais do Napoleão de algibeira que tem presidido aos destinos de França desde 2017.

A primeira volta das eleições legislativas francesas realizar-se-á a 30 de Junho e a segunda volta a 7 de Julho.