Robert Fico, o primeiro-ministro populista da Eslováquia, foi baleado numa aparente tentativa de assassinato. O líder do estado membro da União Europeia e da NATO, de 59 anos, foi atingido por um agressor após uma reunião do Conselho de Ministros.

Opositor da guerra por procuração do Ocidente contra a Rússia e das políticas globalistas da UE, Fico foi baleado várias vezes e encontra-se actualmente em risco de vida, depois de ter sido submetido a cirurgia. O comunicado acrescenta que “as próximas horas serão cruciais” para o líder populista.

 

 

Fico foi transportado de helicóptero de Handlova, onde ocorreu o tiroteio, para a cidade de Banská Bystrica, onde se encontra hospitalizado. Desconhece-se a identidade e o motivo do agressor. Uma testemunha disse à Reuters que um homem foi empurrado para dentro de um carro pelos serviços de segurança após o incidente e levado do local.

Fico é um aliado político do líder húngaro Viktor Orbán e um apoiante declarado de Donald Trump. Depois de ter sido primeiro-ministro da Eslováquia de 2006 a 2010 e de 2012 a 2018, o líder do partido Direcção – Social Democracia regressou ao cargo em Outubro de 2023, tendo seguido políticas consistentemente dissidentes em relação à imigração, à agenda do apocalipse climático, à ideologia de género e à guerra na Ucrânia, opondo-se claramente às directizes de Bruxelas.

A UE tem vindo a exercer pressão sobre o seu governo devido aos esforços que Fico tem desenvolvido para reformar os meios de comunicação social públicos, o Ministério Público e outros órgãos do Estado eslovaco, que considera serem institucionalmente tendenciosos. A União opõe-se às reformas de Fico, tal como se opôs às reformas institucionais de Orbán e às reformas do anterior governo nacional conservador na Polónia.

Após a conclusão do seu segundo mandato, Fico foi, tal como agora acontece com Donald Trump, alvo de uma série de acusações criminais por parte do governo globalista que o substituiu. No entanto, estas acções judiciais acabaram por fracassar.

Os líderes populistas são frequentemente vítimas de violência na Europa. Thierry Baudet, líder do partido populista holandês “Fórum para a Democracia”, foi hospitalizado depois de ter sido atacado com uma garrafa de vidro na cidade de Zwolle, dois dias antes das eleições legislativas holandesas, em Novembro de 2023.

Alejandro Vidal-Quadras, co-fundador e antigo presidente do partido populista espanhol VOX, foi baleado na cara em Madrid, também em Novembro do ano passado.

Na Alemanha, os líderes do AfD são regularmente atingidos com fezes e o líder do partido em Augsburgo, Andreas Jurka, foi brutalmente espancado, tendo sido hospitalizado com dois olhos negros e uma perna partida no início de 2023.

E se Robert Fico sucumbir aos ferimentos, que é que sai a ganhar? Não a democracia. Não os eslovacos. Não a Europa. Quem sai a ganhar são os apparatchiks do costume, que operam em Bruxelas, em Paris, Em Berlim e em Washington.