O Ministério da Defesa do Reino Unido está a “explorar oportunidades” para forçar o pessoal da Marinha Real a fazer cursos de pós-graduação sobre “alterações climáticas e, mais importante, a sua relevância para a defesa”.

Os planos foram revelados na mesma semana em que o porta-aviões HMS Prince of Wales partiu para exercícios no Báltico e dias depois do contratorpedeiro Tipo 45 HMS Diamond ter sido envolvido em acções de combate com os rebeldes Houthi no Mar Vermelho, factos destacados pelos críticos que questionam as prioridades equivocadas do Ministério da Defesa britânico.

Numa entrevista ao The Telegraph, Andrew Montford, director do grupo de reflexão Net Zero Watch, comentou a deriva ambientalista do regime Sunak:

“O secretário da Defesa, Grant Shapps, precisa de controlar a situação. Os fanáticos do net zero sacrificarão tudo e qualquer coisa à sua fé irracional. A segurança económica e a segurança energética já foram postas de lado, por isso não é surpresa ver a segurança nacional também ficar em segundo plano.”

No documento do Ministério da Defesa, lemos:

“Embora este curso ainda não seja obrigatório, ele fornece uma visão abrangente sobre a ciência por trás das mudanças climáticas e, mais importante, sua relevância para a defesa.”

Segundo o documento, a relevância das alterações climáticas para a defesa é que o alegado fenómeno “ameaça a paz” e pode agravar a “desigualdade de género”. O texto não explica onde é que foi buscar essa estapafúrdia relação entre a ciência do clima e a ideologia de género.

Como o Contra documentou no mês passado, a Marinha Real também enfrentou duras críticas quando foi revelado que estava a desviar oficiais em funções estratégicas para cargos de “diversidade e inclusão”.

O ContraCultura não pode deixar de sublinhar repetidamente, nestes textos que retratam a queda do Reino Unido, que o poder governamental do país está nas maõs do Partido “Conservador”. Imagine o criativo leitor o que acontecerá quando o trabalhista Keir Starmer subir ao poder, o que é mais que certo, dados os miseráveis índices de popularidade de Rishi Sunak e do seu executivo.

 

Entretanto, nos Estados Unidos, os homens brancos estão a recusar a carreira militar.

Nos últimos cinco anos, as forças armadas dos EUA registaram um declínio de 35% no número de recrutas brancos – o principal factor por trás da crise de recrutamento que o Pentágono enfrenta actualmente.

De acordo com novos dados, os números de recrutamento de homens brancos caíram, entre 2018 e 2023, nas seguintes escalas:

Exército – 44%, de 44.042 para 25.070
Força Aérea – 31%, de 21.593 para 15.068
Marinha – 25%, de 24.343 para 18.205
Corpo de Fuzileiros Navais (Marines) – 34%, de 21.455 para 14.287

Entretanto, o número de recrutas de minorias étnicas aumentou ligeiramente, mas não o suficiente para compensar a perda brutal de recrutas brancos.

O que está por trás deste declínio? Os especialistas apontam para uma variedade de factores, incluindo uma crescente desconfiança nas instituições governamentais, oportunidades civis mais atraentes e a infiltração da esquerda woke nas forças armadas americanas, que dá prioridade à “diversidade, equidade e inclusão” em detrimento da prontidão militar.

Considerando que os EUA estão envolvidos directa ou indirectamente em dois conflitos no Médio Oriente (Palestina e Mar Vermelho), bem como na guerra da Ucrânia, e que podem de repente ser embrulhados numa outra frente de batalha, por causa do problema de Taiwan, a crise de recrutamento devia preocupar os seus responsáveis políticos e militares. Tanto mais que, no ano passado, os critérios curriculares de recrutamento foram relaxados e é agora discutida no Congresso a hipótese surrealista de recrutar até imigrantes ilegais para as forças armadas.