No próximo domingo os portugueses celebram antecipadamente, nas urnas, o quinquagésimo aniversário da Terceira República. Não que tenham grandes razões para fogo de artifício e a caminhada para as salas de voto tem mais de marcha fúnebre do que de festiva procissão. O actual regime corporativo, que é já mais duradouro que o corporativo regime anterior, trouxe mais do mesmo, no ciclo de miséria material, intelectual e moral em que vive esta teimosa nação, desde que um certo e belicoso Afonso se decidiu a inventá-la.
Mas seja como for, há que depositar o bilhete na caixinha, enquanto ainda nos deixam, já que tudo indica que em breve esse singelo atrevimento será interdito ou levado à irrelevância. E neste contexto dos últimos dias da democracia representativa e do estado de direito e das garantias constitucionais de inspiração republicana e liberal (no sentido clássico da palavra), podemos, aqueles portugueses que ainda conseguem pensar pelo recurso às capacidades neuronais da sua própria cachimónia, aproveitar a oportunidade para votar PQP.
Votar PQP é mais que levantar o dedo médio aos poderes instituídos, à imprensa soviética, às corporações cúmplices, aos retardados de S. Bento, ao crápula de Belém, aos piratas do Largo do Rato, aos colaboracionistas da Rua de S. Caetano à Lapa, aos comissários da esquerda woke, aos verificadores de factos pagos a sete euros à hora por herdeiros de mercearias que são agora plenipotenciários deste sítio mal frequentado que ainda assim amamos, porque, bem vistas as coisas, uma pessoa só tem uma pátria e esta foi a que Deus nos deu e podia, por incrível que possa parecer, ter sido muito pior a oferenda (devemos dar graças a Nosso Senhor por não sermos belgas, por exemplo).
Votar PQP é mais que dizer, preto no branco, aquilo que pensamos sobre os palhaços pobres do deprimente circo nacional: é arriscar, numa ambiciosa cruz que transcende o perímetro em quatro faces dobrado do boletim eleitoral, um manifesto, o mais ofensivo possível, que tem por destinatários os palhaços ricos do maior espectáculo do mundo; é mandar para aquele sítio mais infecto do inferno as von der leyen de toda a parte, os schwab de todo o lado e os trudeau da geografia global.
Votar PQP não é votar à esquerda nem à direita. É votar sempre em frente até que a fauna globalista-elitista-neo-liberal seja de todo extinta do ecossistema ontológico da nação.
Votar PQP é diferente para cada um de nós, dissidentes. Votar em branco é votar PQP, votar nulo é votar PQP, votar ADN, votar Alternativa 21, votar Ergue-te, ou no limite das possibilidades, votar Chega, é votar PQP. Pensando bem, e dado o catastrófico estado de coisas, até votar no partido estalinista do Garcia Pereira é votar PQP. Mas atenção: não votar é votar na mesma, mas não é o mesmo que votar PQP. Pelo contrário. Não votar é o mesmo que votar neste putrefacto sistema, minuciosamente orquestrado pelos comissários do globalismo apocalíptico que procuram, com furiosa resolução, enfiar-nos o dedo gordo naquele sítio onde o sol não brilha.
É imperativo, assim, lutar pela integridade fisiológica das nossas vísceras e pela higiene moral das nossas almas. É premente, portanto, votar PQP, o partido dos que já deram, já viram, já foram roubados, já foram enganados e já não aguentam mais. O único partido com os pés na terra, num mundo de pernas para o ar. O único partido direito, num planeta ao contrário. O único partido possível, neste impossível país.
Votar PQP é votar útil, contra o bando de inúteis a quem, num desleixo historicamente recordista, temos dado poder para controlar os nossos destinos.
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