O Governo de Olaf Scholz, fazendo recurso à cartilha utilizada no Canadá por Justin Trudeau, apresentou esta semana medidas para combater a “extrema-direita” na Alemanha, dificultando o financiamento de partidos populistas como o AfD e o acesso a armas por parte dos cidadãos.

Estas medidas surgem como reacção à revelação de uma reunião em Potsdam, perto de Berlim, em Novembro passado, na qual membros do AfD discutiram planos para a deportação em massa de imigrantes ilegais e pessoas de origem estrangeira que tenham sido condenadas por crimes cometidos na Alemanha.

Congratulando-se com a recente mobilização de “centenas de milhares de cidadãos” contra os extremistas e o racismo – na sequência da revelação desta reunião, em Janeiro – a ministra do Interior, Nancy Faeser, detalhou um amplo conjunto de medidas para combater o que considera ser “a maior ameaça à ordem democrática”, mas que vai servir, obviamente, para combater a dissidência política. Faeser declarou numa conferência de imprensa em Berlim:

“Queremos destruir estas redes de extrema-direita.”

Faeser pretende alargar as competências do serviço federal de protecção da Constituição, facilitando a luta desta entidade contra as fontes de financiamento dessas “redes” que, de qualquer forma, estão por identificar. Graças a uma alteração da legislação sobre os serviços secretos, será possível encerrar contas bancárias invocando simplesmente a possibilidade de uma “ameaça potencial” à ordem pública.

Os perigos que esta iniciativa legislativa, feita em nome da democracia, representam para a democracia, são difíceis de sintetizar. O governo alemão terá a partir daqui poderes para congelar contas bancárias de opositores políticos. Um protesto de agricultores, uma manifestação contra confinamentos, uma demonstração contra a imigração massiva, um comício contra as políticas climáticas podem perfeitamente ser considerados como “ameaças potenciais”.

Actualmente, as autoridades alemãs só têm esse poder em caso de incitamento ao ódio ou à violência.

Questionada sobre o calendário para adopção destas medidas, a ministra afirmou que será “o mais breve possível”.

A ministra pretende também “desarmar” os extremistas de direita, de forma que poderá ser retirada a autorização de porte de arma a quem integrar uma organização considerada suspeita pelos serviços secretos nacionais. As armas semiautomáticas, semelhantes a armas de guerra, vão ser proibidas e outras armas brancas e de arremesso vão precisar de autorização estatal.

Não há qualquer evidência de que os militantes do AfD tenham armas, mas fica aqui um detalhe histórico, eloquente: Também Adolf Hitler fez questão de desarmar os alemães, em 1938, de forma a aniquilar a oposição política interna e iniciar o extermínio de Judeus.

O AfD está a ser perseguido pelo regime Scholz desde que começou a subir nas sondagens. e já foi privado de financiamento federal, a que os outros partidos representados no Bundestag continuam a ter direito, depois de uma lei que exige 3 mandatos consecutivos para a concessão de subvenções ter sido aprovada em Novembro do ano passado. Os poderes instituídos estão a preparar-se para banir o partido populista alemão, que nas sondagens apresenta 21% de intenções de voto (23% para as eleições europeias). E a justificação do acto totalitário é característica do perverso uso que as elites globalistas estão a fazer da linguagem: a interdição decorre da necessidade imperativa de “salvar a democracia”.