Ao contrário da democracia vigente na Ucrânia, a ditadura instalada na Rússia vai realizar eleições em 2024.
Após aprovação unânime, na quinta-feira, pelo Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento russo, as eleições presidenciais terão lugar a 17 de março de 2024. É provável que o actual Presidente Vladimir Putin, de 71 anos, se candidate a um novo mandato, embora ainda não tenha anunciado oficialmente a sua intenção de o fazer.
Apesar da guerra, das sanções, da barragem de fogo dos poderes instituídos no Ocidente e da propaganda da imprensa corporativa, a popularidade do chefe de estado russo no seu país continua a ser absolutamente recordista, para embaraço dos líderes europeus e norte-americanos, com um índice de aprovação no eleitorado de 82%, de acordo com a plataforma de recolha de dados globais Statista.
Putin, no cargo de presidente ou primeiro-ministro desde 1999, alterou a constituição do país em 2021 para cumprir dois mandatos presidenciais adicionais de seis anos. Esta alteração poderá prolongar o seu reinado até 2036. Apesar de serem poucos os candidatos conhecidos que se apresentam para desafiar Putin, figuras como o comentador pró-guerra Igor Girkin, o antigo legislador Boris Nadezhdin e a jornalista e advogada Yekaterina Duntsova deram a entender que irão entrar na corrida presidencial.
O líder da oposição, Alexei Navalny, que se encontra detido, apelou aos seus seguidores para que votem contra Putin nas próximas eleições. Putin encontra-se actualmente no Médio Oriente, onde reúne com os dirigentes dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e da Arábia Saudita para obter o apoio destes importantes produtores de petróleo. As eleições presidenciais vão decorrer num clima de escrutínio global, com alegações de anteriores fraudes eleitorais, mas a vitória de Putin é expectável.
Por outro lado, a Ucrânia da actualidade é uma “democracia” sem eleições, nem liberdade de informação, nem liberdade religiosa, seguindo assim o exemplo de outras “democracias” contemporâneas como a China, a Coreia do Norte ou Cuba. O país tinha, em teoria, eleições legislativas marcadas para 2024, mas Zelensky já disse que “aqueles que reclamam eleições são irresponsáveis.”
Relacionados
25 Nov 24
Tribunal Penal Internacional emite mandado de detenção de Benjamin Netanyahu.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de detenção para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, seu antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e um proeminente dirigente do Hamas. A decisão, porém, dificilmente será executada.
25 Nov 24
“Chocados” pela vitória de Trump, executivos seniores do FBI decidem reformar-se.
De forma a evitar serem despedidos por Donald Trump, os altos quadros do FBI estão apressadamente a meter os papéis para a reforma e a atmosfera na agência está a ser dominada pela ansiedade. É muito bem feito.
22 Nov 24
EUA ameaçam a Geórgia com mudança de regime.
O Ocidente está a tentar replicar na Geórgia o método que implementou na Ucrânia, colocando em causa o processo eleitoral do país. Mas que moral têm as elites europeias e norte-americanas para dar lições de democracia seja a quem for?
22 Nov 24
Matt Gaetz desiste da nomeação para Procurador Geral de Trump.
Uma das mais assertivas nomeações de Trump para o quadro da sua administração desistiu de ser o próximo Procurador-Geral dos EUA. E é legítimo especular que o Presidente Eleito nunca teve intenção real de elevar Matt Gaetz a esse cargo.
21 Nov 24
Dinamarca: Imigrantes não ocidentais cometem 30% de todos os crimes violentos e 32% das violações, de acordo com dados do governo.
A comunidade imigrante de primeira e segunda geração a residir na Dinamarca representa 10% da população, mas é responsável por 30% dos crimes violentos cometidos no país. Mais um elogio da diversidade.
21 Nov 24
Pentágono falha auditoria às suas contas pela sétima vez consecutiva.
A máquina luciferina do Departamento de Defesa americano falha auditorias sobre auditorias e vai continuar a espoletar caos e guerras em todo o mundo, sem prestar contas a ninguém. É imparável e inescrutável e semeia o terror e a morte por onde quiser e custe o que custar.