O número de pessoas mortas na Faixa de Gaza, no meio das novas tensões no Médio Oriente, aumentou para 8.525, informou a Al Jazeera, citando dados do Ministério da Saúde palestiniano.

O mesmo órgão do governo, que (há que sublinhar) é constituído pelo Hamas, afirmou que o Hospital Al-Shifa, no centro de Gaza, e o Hospital Indonésio, no norte do enclave, poderão ficar sem combustível para os geradores de energia na quarta-feira.

Um funcionário do ministério afirmou:

“O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 8.525, incluindo 3.542 crianças e 2.187 mulheres”.

De acordo com este responsável, as forças israelitas realizaram um novo ataque a um hospital turco localizado na Faculdade de Medica da Universidade Islâmica de Gaza, na manhã de terça-feira. No entanto, não forneceu qualquer informação sobre possíveis vítimas ou danos, acrescentando um apelo à sua declaração:

“Apelamos ao Egipto para que abra o ponto de passagem de Rafah e assegure o fornecimento de material médico e de combustível, bem como a evacuação dos feridos”.

Mas como o Contra-Cultura já noticiou, o Egipto não parece nada interessado em abrir a sua fronteira a refugiados palestinianos, mesmo que sejam civis a precisar de cuidados médicos.

As tensões no Médio Oriente voltaram a aumentar depois de militantes do Hamas se terem infiltrado em Israel a partir da Faixa de Gaza, a 7 de outubro. O movimento palestiniano descreveu o seu ataque como uma resposta às acções das autoridades israelitas contra a Mesquita de Al-Aqsa no Monte do Templo em Jerusalém. Israel anunciou um bloqueio total da Faixa de Gaza e começou a atacar o enclave palestiniano, bem como certas zonas do Líbano e da Síria. Estão também a ocorrer confrontos na Cisjordânia.

A 27 de outubro, o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, anunciou a expansão das operações terrestres em Gaza, onde já operam unidades de blindados e infantaria.