O Sudário de Turim “foi criado por alguma forma de energia electromagnética”, pelo que não pode ser uma falsificação medieval, de acordo com um estudo de cientistas italianos.
Uma equipa de investigadores da Agência Nacional de Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Económico Sustentável (ENEA), em Itália, descobriu que o Sudário de Turim não é falso e que a imagem corporal foi formada por uma espécie de fonte electromagnética de energia.
Os cépticos argumentam há muito tempo que o sudário, um manto rectangular com cerca de 4,5 metros de altura por 90 centímetros de largura, é uma falsificação que data da época medieval.
Mas os resultados deste estudo conduzem a novas indicações de que a imagem foi de facto criada por uma enorme explosão de energia que acompanhou a Ressurreição de Cristo. Segundo o relatório:
“Os resultados mostram que uma explosão curta e intensa de radiação UV direcional pode colorir um pano de linho, de modo a reproduzir muitas das características peculiares da imagem corporal no Sudário de Turim”.
A imagem do homem barbudo no sudário deve, portanto, ter sido criada por
“alguma forma de energia electromagnética (como um feixe de luz em comprimento de onda curto)”.
A origem deste feixe de luz fica por explicar.
No relatório, publicado pelo Centro de Investigação ENEA de Frascati, os investigadores descrevem as suas descobertas, obtidas durante cinco anos de experiências, e negam a hipótese de que o Sudário de Turim seja uma falsificação medieval.
Os pesquisadores, incluindo Paolo Di Lazzaro, Daniele Murra, Enrico Nichelatti, Antonino Santoni e Giuseppe Baldacchini, conseguiram com sucesso uma coloração superficial semelhante à da imagem corporal embutida no Sudário de Turim por irradiação excimer laser, espectro da luz emitida no ultravioleta (UV) e ultravioleta em vácuo (VUV), em tecidos de linho cru. Eles obtiveram pelo menos uma fibra colorida na profundidade submicrométrica, comparável à profundidade de coloração mais fina observada nas fibras do Sudário de Turim. No entanto, descobriram que a potência total de radiação necessária para colorir uma superfície de linho correspondente a um corpo humano torna impossível a reprodução da imagem do Sudário de Turim utilizando um único laser.
Os cientistas também produziram coloração latente que surge após o envelhecimento artificial ou natural do linho por irradiações de laser que a princípio não geraram nenhum efeito visível, e identificaram processos físicos e fotoquímicos distintos, que terão desempenhado um papel na geração da imagem corporal no Sudário de Turim.
O Dr. Paolo Di Lazzaro, autor principal do relatório e investigador sénior do Centro de Pesquisa ENEA de Frascati, em entrevista ao Sci-News.com, disse:
“A nossa pesquisa prova que é muito difícil ou quase impossível replicar hoje todas as principais características físicas e químicas da imagem corporal incorporada no Sudário de Turim. Como consequência, parece improvável que um falsificador tenha feito esta imagem com tecnologias disponíveis na Idade Média ou antes. A probabilidade do Sudário ser falso é realmente muito baixa. Por outro lado, os nossos resultados, por si só, não podem provar que o Sudário é o pano funerário de Jesus Cristo. Deveríamos somar os nossos resultados a todas as outras evidências históricas, médicas, palinilógicas e têxteis acumuladas nos últimos 35 anos.”
E abordando as questões mais técnicas do estudo:
“É possível que a imagem corporal tenha sido formada por uma espécie de fonte eletromagnética de energia. As nossas experiências mostram que muitas (não todas) das propriedades peculiares da imagem corporal do Sudário são produzidas por uma explosão de fotões numa faixa muito estreita de parâmetros (duração do pulso, intensidade, número de disparos). Em particular, os fotões ultravioleta em vácuo são responsáveis pela profundidade de coloração muito fina, pela tonalidade da cor e pela presença de imagem em peças de linho que não estão em contacto com o corpo. Obviamente, isso não significa que a imagem foi produzida por laser. Em vez disso, o laser é uma ferramenta poderosa para testar e obter os parâmetros de luz adequados para uma coloração semelhante à da mortalha.”
Respondendo à pergunta sobre quando e como foi feita a imagem do Sudário de Turim, o Dr. Di Lazzaro comentou:
“A nossa pesquisa não aborda o problema de ‘quando’, ela dá algumas dicas sobre ‘como’. Na verdade, na nossa opinião, a questão mais importante não é quando o Sudário foi feito. Independentemente da sua idade, a questão mais importante, a ‘questão das questões’ é: como foi possível fazer uma imagem como a imagem corporal do Sudário. Com certeza, nenhuma das centenas de tentativas de obter uma imagem semelhante usando técnicas de contacto químico – ou seja, adicionando substâncias químicas como cores, pós, etc. – obteve bons resultados. Normalmente, a abordagem química fornece resultados macroscópicos semelhantes, mas falha ao analisar a coloração com um microscópio. No nível microscópico, a abordagem química de contacto não fornece resultados semelhantes aos do Sudário. Pelo contrário, as tentativas de usar várias radiações (fotões ultravioleta de vácuo, electrões de uma descarga corona) dão uma coloração que parece a da mortalha, mesmo no nível microscópico”.
Os cientistas da Enea, sublinharam ainda a impraticabilidade de reproduzir o sudário na sua totalidade, com as tecnologias actuais:
“Devemos notar que a potência total das radiações VUV necessárias para colorir instantaneamente a superfície do linho que corresponde a um ser humano de estatura média (área de superfície corporal igual a 17.000 cm2 = 34 triliões de watts) torna impraticável reproduzir toda a imagem do Sudário usando um único excimer laser, uma vez que esta potência não pode ser produzida por nenhuma fonte de luz VUV construída até hoje, já que as mais poderosas disponíveis no mercado chegam apenas a vários bilhões de watts”.
Durante séculos, a autenticidade do sudário, que é guardado numa caixa climatizada na catedral de Turim, foi intensamente discutida. Uma das relíquias mais controversas do mundo cristão, traz estampada a vaga imagem de um homem cujo corpo parece ter feridas de pregos nos pulsos e nos pés.
Em 1988, testes de radio-carbono em amostras do sudário feitos na Universidade de Oxford, na Universidade do Arizona e no Instituto Federal Suíço de Tecnologia dataram o tecido entre 1260 e 1390 d.C. Esses testes foram porém contestados com base no facto de terem sido contaminados por fibras do tecido utilizado para reparar o sudário quando este foi danificado por um incêndio na Idade Média.
Uma nova análise do sudário feita em Abril de 2022 por cientistas italianos, utilizando tecnologia de raios X, provou que o famoso tecido remonta a 2.000 anos, ao contrário da origem medieval sugerida pela contestada análise do carbono-14 de 1988. A técnica de datação por raios X utilizada pelos estudiosos italianos é um processo completamente diferente e muito mais preciso, já que a análise do Sudário foi realizada ao nível atómico. A pesquisa mediu o envelhecimento natural da celulose do linho por meio de raios X e depois converteu essas unidades em tempo decorrido desde a sua fabricação. Os resultados obtidos no Sudário foram comparados com os de outras amostras autenticadas de tecido de linho, com idades entre 3.000 a.C. e 2.000 d.C. As medidas do sudário são muito próximas às de um tecido de linho cujos registos históricos datam do cerco de Massada, em Israel, entre 55 e 74 d.C. Estes resultados estão, portanto, longe da hipótese medieval apresentada em 1988.
Existem agora seis estudos que desafiam a ideia de que o Sudário de Turim nada mais é do que uma astuta peça de artifício medieval.
No livro de referência sobre esta matéria, de Jean-Christian Petitfils, doutorado em ciência política e historiador, “Le Saint Suaire de Turin. Témoin de la Passion de Jésus-Christ” (O Santo Sudário de Turim. Testemunha da Paixão de Jesus Cristo), o autor examina mais de 100 anos de pesquisas históricas, arqueológicas e científicas. A sua conclusão: o pano “tem todas as características de autenticidade”. Mesmo aqueles que rejeitam a ideia de que o sudário é um pano sepulcral com 2.000 anos de idade, escreve ele, são incapazes de explicar a impressão do corpo. Petitfils disse ao Le Figaro:
“Os adversários da autenticidade do Sudário enfrentam um enigma – que este não pode ser obra de um falsificador, porque para ‘fazer’ tal imagem seria necessário um conhecimento científico desconhecido na Idade Média. A imagem não é uma pintura. Nenhum traço de pincelada, nenhum contorno foi observado, mesmo sob um microscópio electrónico. Devemos também excluir a hipótese de mancha, aplicação de baixo-relevo de madeira ou mármore ou estátua de metal aquecida e colocada sobre o pano.”
Monsenhor Giuseppe Ghibert, da comissão em Turim que supervisiona a relíquia, disse ao jornal oficial da entidade curadora, a propósito do estudo da equipa da ENEA:
“As revelações sobre o Sudário assumem facilmente um tom sensacional, mas neste caso a maneira comedida como os cientistas falam de suas pesquisas deve ser sublinhada”.
There is only one explanation for the Shroud of Turin: pic.twitter.com/QIaSmi2Ej0
— Dr. Thomas Carr O.P. (@ArdorNew) October 30, 2023
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