A América corporativa reagiu aos motins Black Lives Matter de 2020 abraçando a discriminação sistémica contra os brancos, de acordo com um novo estudo da Bloomberg.

No ano seguinte aos protestos do Black Lives Matter, o S&P 100 adicionou mais de 300.000 empregos – 94% foram para pessoas de cor.

A Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos EUA exige que empresas com 100 ou mais funcionários relatem os dados demográficos de sua força de trabalho todos os anos. A Bloomberg obteve dados de 2020 e 2021 para 88 empresas S&P 100 e calculou o crescimento geral do emprego nos EUA nessas empresas.

 

 

No total, estas empresas aumentaram a sua força de trabalho nos EUA em 323,094 pessoas em 2021, o primeiro ano após os protestos do Black Lives Matter – e o ano mais recente para o qual esses dados existem.

O crescimento geral do emprego incluiu 20.524 trabalhadores brancos. Os outros 302.570 empregos – ou 94% do aumento do número de quadros – foram para pessoas de cor.

A única forma de atingir estes números é através de discriminação proactiva.

 

 

Quando Elon Musk comprou o Twitter em 2022, os executivos do Twitter disseram-lhe para despedir funcionários brancos para evitar problemas legais e promover a “diversidade” (Musk ignorou as suas recomendações).

Como o ContraCultura reportou, o Departamento de Justiça processou Musk no mês passado, por escolher contratar americanos em vez de refugiados e requerentes de asilo.

Na sequência dos motins BLM, o Walmart começou a formar os seus quadros num programa que tem como slogan “White is not right”; a Coca-Cola treinou funcionários para “tentarem ser menos brancos” e a AT&T lançou uma campanha de comunicação interna que afirmava: “pessoas brancas, vocês são o problema”.

A Bloomberg afirmou na sua reportagem que nenhuma empresa está disposta a falar sobre os “progressos” que fizeram nas suas práticas de contratação com base na raça, possivelmente devido ao receio de serem processadas por discriminação.

E não é só nos EUA que o racismo contra profissionais brancos está em alta. O CEO da gigante britânica de telecomunicações BT está a demitir funcionários brancos em massa com a intenção de substituí-los por não brancos para “aumentar a diversidade” e potencialmente embolsar um bónus de 220.000 libras por atingir as “metas de diversidade”.

Mas o presente clima económico no Ocidente e a decisão de Junho deste ano do Supremo Tribunal americano, que considerou inconstitucionais as admissões nas universidades com base na raça, estão a dificultar a intensificação das políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão. Como o Contra noticiou, um inquérito realizado em março a 1500 executivos de topo, membros do conselho de administração e chefes de departamento pela empresa de recrutamento Kelly revelou que os esforços em matéria de diversidade estão a abrandar ou a atingir um patamar de estagnação. Pouco mais de um quinto dos líderes seniores inquiridos afirmaram estar dispostos a manter conversas abertas sobre a diversidade, contra 30% no ano passado.

 

 

Considerando que o natural e o justo, numa sociedade sã e livre, seria que a cor da pele não fosse critério de recrutamento, as corporações norte-americanas estão ainda muito longe do ideal. Mas há sinais de que a obsessão woke está em retrocesso.