Eis uma tendência perturbadora na América: novos dados revelam que suicídios e overdoses provocadas por drogas duras atingiram um recorde em 2022. As “crises gémeas” estão a progredir rapidamente na era pós-Covid e são sintoma claro de um agravamento do estado de saúde mental no país.

Os meios de comunicação corporativos preferem empanturrar as suas audiências com as identidades de género e as falácias da raça e as mentiras sobre a guerra na Ucrânia e o histerismo climático, enquanto ignoram aquela que é uma crise grave e real. O tema é inconveniente, claro, porque um regime ultra-progressista como o de Biden deveria fazer as pessoas mais felizes e não o contrário.

Novos dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças revelam que 49.500 pessoas acabaram com a própria vida em 2022, um recorde que expressa um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior e reforça a tendência sinistra dos últimos 50 anos.

 

 

O porta-voz do CDC, Christy Hagen, disse à Bloomberg que a taxa ajustada por idade de suicídios por 100.000 habitantes nos EUA foi de 14,4, acima dos 14,1 do ano anterior.

 

 

E que diabo está a acontecer com os homens brancos, aquela que é, ainda, a maioria étnica nos Estados Unidos?

 

 

Não é por acaso que o cirurgião-geral da federação americana, Vivek Murthy, afirmou num comunicado do CDC que

“A saúde mental tornou-se o desafio definidor de saúde pública e social de nosso tempo. Muitas pessoas e muitas famílias estão a sofrer e a sentirem-se sozinhas”.

Mas para os radicais neo-liberais, o suicídio entre a população branca também é visto como uma forma de substituição demográfica.

Acresce que, como o Contra já reportou, um novo relatório do Departamento de Defesa revelou um aumento brutal nos suicídios de soldados americanos no activo. Não admira que o Pentágono esteja a sentir dificuldades no recrutamento. Mas também de acordo com o relatório de 2022 dos Veteranos do Iraque e do Afeganistão, quase metade daqueles que serviram nas forças armadas dos EUA já pensaram em pôr fim à vida desde o momento em que se alistarem. O diferencial entre a vontade de suicídio antes e depois do serviço militar é arrepiante.

 

 

Em Maio, o CDC divulgou dados preliminares que mostraram que as mortes por overdose de drogas atingiram 109.680, um novo recorde, em 2022. Se combinarmos as duas crises, cerca de 159.180 pessoas morreram no ano passado pelas suas próprias mãos.

 

 

O governo Biden pode fazer a propaganda que quiser sobre os seus “investimentos sem precedentes para transformar a saúde mental”, mas não é isso que vemos nos dados estatísticos. Muito pelo contrário.