O presidente do Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes, James Comer, afirmou que Devon Archer confirmou que o Presidente Biden
“mentiu ao povo americano quando disse que não tinha conhecimento dos negócios do seu filho e que não estava envolvido”.
Os comentários de Comer surgem depois de Archer, um antigo sócio e amigo de longa data de Hunter Biden, ter prestado declarações durante horas ao Comité de Supervisão, numa audiência à porta fechada, na segunda-feira.
Archer disse que Hunter colocou o seu pai, o então vice-presidente Joe Biden, pelo menos 20 vezes em alta-voz enquanto se reunia com parceiros de negócios. Archer descreveu que Joe Biden era chamado ao telefone para vender “a marca” e que a marca era… Joe Biden, que o seu filho vendia em todo o mundo para enriquecer a família. James Comer revelou que:
“Quando Joe Biden era Vice-Presidente dos Estados Unidos, participou mais de 20 vezes, pessoalmente ou por telefone, nos jantares de Hunter Biden com os seus parceiros de negócios estrangeiros”.
Comer perguntou-se, apropriadamente:
“Porque é que Joe Biden mentiu ao povo americano sobre os negócios da sua família e o seu envolvimento? Isso levanta a questão do que mais ele está a esconder do povo americano”.
Comer acrescentou que a Comissão de Supervisão
“continuará a seguir o rasto do dinheiro dos Bidens e a entrevistar testemunhas para determinar se actores estrangeiros visaram os Bidens, se o Presidente Biden está comprometido e é corrupto e se a segurança nacional está ameaçada”.
Archer, que a partir de 2014 fazia parte de conselho de administração da empresa de gás natural ucraniana Burisma Holdings, ao lado de Hunter, disse aos legisladores que o valor de adicionar Hunter ao conselho era o de defender a imagem da empresa, e que “a Burisma teria falido se não tivesse sido associada aos Biden”.
Archer disse acreditar que a presença de Hunter Biden no conselho de administração e a “marca Biden” contribuíram para a longevidade da Burisma, segundo o gabinete de Comer, e sugeriu que essa associação intimidava qualquer entidade que tivesse interesse em hostilizar a Burisma ou processar legalmente a empresa.
Archer testemunhou também sobre uma interacção, em dezembro de 2015, entre o CEO da Burisma, Mykola Zlochevsky, e Vadym Pozharski – um outro executivo da empresa. Quando o patrão da Burisma estava a ser pressionado pelo procurador ucraniano que investigava a empresa por corrupção, Archer testemunhou que estres executivos da energética ucraniana pediram a Hunter para “ligar para Washington” depois de uma reunião do conselho de administração no Dubai”.
Archer disse que Zlochevsky e Pozharski “pressionaram constantemente Hunter Biden para obter ajuda de Washington” para conseguir a destituição do procurador ucraniano Viktor Shokin.
Archer testemunhou que, em 4 de dezembro de 2015, Hunter Biden, Zlochevsky e Pozharski “telefonaram para Washington” para discutir o assunto. Archer testemunhou que Hunter, Zlochevsky e Pozharski se afastaram para fazer a chamada, mas que não tem a certeza se falaram directamente com Joe Biden sobre o assunto.
Na altura, porém, Joe Biden era o responsável pela política EUA-Ucrânia da administração Obama. Archer testemunhou que, dias depois, a 9 de dezembro de 2015, Joe Biden viajou para a Ucrânia e fez um discurso. Biden, durante o discurso, disse que o governo precisava de corrigir o gabinete do procurador ucraniano. A este propósito, Jim Jordan, do Comité Judicial da Câmara, afirmou:
“Este é o aspecto mais revelador do testemunho de Archer e talvez o mais importante de toda a nossa investigação até agora”.
O testemunho surge depois de ter sido divulgada uma versão não classificada de um formulário FD-1023 gerado pelo FBI, que continha alegações de que Joe Biden e Hunter Biden teriam “coagido” Zlochevsky a pagar-lhes milhões de dólares em troca da sua ajuda para conseguir que Shokin fosse despedido.
Biden reconheceu publicamente que, quando era vice-presidente, conseguiu pressionar a Ucrânia a demitir o procurador Viktor Shokin. Na altura, Shokin estava a investigar a Burisma Holdings e, nessa altura, Hunter tinha um papel altamente lucrativo na administração, recebendo milhares de dólares por mês. O então vice-presidente ameaçou reter um bilião de dólares de ajuda dos EUA se Shokin não fosse despedido.
Os aliados de Biden afirmam que o então vice-presidente provocou o despedimento de Shokin devido a preocupações de que o procurador ucraniano fosse brando com a corrupção e que o seu despedimento, na altura, era a posição política dos EUA e da comunidade internacional. Mas, pelos vistos, o que se passou foi exactamente o contrário.
Comer adiantou ainda que o telefonema de dezembro de 2015 de Biden, Zlochevsky e Pozharski para Washington
“levanta preocupações de que Hunter Biden tenha violado a Lei de Registo de Agentes Estrangeiros”.
Os procuradores federais, durante a comparência de Hunter Biden em tribunal na semana passada, em que se declarou inocente de crimes fiscais federais e de uma acusação de crime de porte de arma, deram a entender que o Departamento de Justiça está a investigar Hunter por potenciais violações dessa mesma lei.
Os telefonemas e reuniões, segundo Archer, incluíram um jantar em Paris com uma empresa de energia francesa, e na China com Jonathan Li, o diretor executivo da BHR Partners – uma parceria entre a Rosemont Seneca e a empresa de investimento chinesa Bohai Capital. A BHR Partners é uma empresa de capitais privados apoiada por Pequim e controlada pelo Bank of China Limited.
Archer também testemunhou que o então vice-presidente Biden tomou café com Jonathan Li, o diretor executivo da BHR, em Pequim. O então vice-presidente Biden escreveu até uma carta de recomendação para a faculdade da filha de Li.
Archer também testemunhou que, na primavera de 2014, o então vice-presidente Biden participou num jantar de negócios com o filho, Hunter, e os seus associados no Café Milano, em Washington, D.C. O jantar contou com a presença de Elena Baturina, uma oligarca russa que é viúva do antigo presidente da Câmara de Moscovo. O gabinete de James Comer divulgou que:
“A lista de sanções públicas da Administração Biden para os oligarcas russos não inclui Baturina”.
Os indícios de corrupção da família Biden são globais e não conhecem facções. Entre Washingotn, Pequim, Kiev e Moscovo, parece não ter havido uma oportunidade de negócio que lhes tenha escapado.
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