Hunter Biden ameaçou um seu associado ligado ao Partido Comunista Chinês com o ressentimento do seu pai, numa mensagem revelada por um informador.
Num texto deveras agressivo, Hunter sublinhou a capacidade do homem sentado ao seu lado em guardar um rancor que Henry Zhao iria temer para sempre, se não cumprisse as exigências dos Biden.
No testemunho apresentado pelo denunciante do IRS, Gary Shapley, aos membros do Congresso e divulgado publicamente pelo Comité de Meios e Modos na quinta-feira, uma mensagem de WhatsApp enviada por Hunter Biden ao empresário chinês Henry Zhao revela que o jovem Biden utilizou ameaças do poder político do seu pai para extorquir “promessas e garantias” não cumpridas de Zhao.
“Estou aqui sentado com o meu pai e gostaríamos de perceber porque é que o compromisso assumido não foi cumprido. Estou muito preocupado com o facto de o Presidente ter mudado de ideias e quebrado o nosso acordo sem me dizer ou de não ter conhecimento das promessas e garantias que foram feitas e que não foram cumpridas.”
Hunter também manifestou a sua “capacidade” de influenciar “o homem sentado ao meu lado e todas as pessoas que ele conhece” para “guardar para sempre um rancor de que se irá arrepender” se Zhao não cumprisse as suas exigências.
“Diga ao director que eu gostaria de resolver isto agora, antes que fique fora de controlo, e agora significa esta noite. E, Z, se eu receber uma chamada ou mensagem de texto de alguém envolvido nisto que não tu, o Zhang ou o Presidente, certificar-me-ei de que, entre o homem sentado ao meu lado e todas as pessoas que ele conhece e a nossa capacidade de guardar rancor para sempre, te arrependerás de não ter seguido as minhas instruções. Muitas vezes as pessoas confundem bondade com fraqueza – e muitas vezes eu aviso-as”.
Here’s a screenshot of the text message. pic.twitter.com/Il2GuWsbxO
— Hans Mahncke (@HansMahncke) June 22, 2023
Depois de Zhao ter confirmado que telefonaria ao jovem Biden, Hunter reiterou:
“Estou aqui sentado à espera do telefonema com o meu pai. Espero que o que quer que seja que estejam a fazer seja muito, muito, muito importante”.
Zhao, como Shapley observou no seu testemunho, tem ligações ao Partido Comunista Chinês e é o presidente e diretor executivo da Harvest Fund Management. Zhao entrou para a Harvest em 2000 e foi o seu CEO durante o mais longo período de tempo no sector de gestão de activos da China. Em novembro de 2017, foi selecionado para ser o presidente do conselho de administração. Sob a sua direção, a Harvest, que serve mais de 100 milhões de investidores, tornou-se uma das principais empresas de gestão de activos da China. Actualmente, ocupa os cargos de vice-presidente da Associação de Gestão de Activos da China, diretor especialista da Associação de Gestão de Activos de Seguros da China, vice-presidente da Fundação de Líderes Legislativos do Estado dos EUA e presidente da SLLF Asia Branch.
De acordo com o New York Post, Zhao
“era responsável por espionagem e trabalho dos serviços secretos Chineses”.
O Post noticiou no ano passado que a Harvest Global Investments, uma empresa que Zhao co-fundou, pagou 5 milhões de dólares à Burnham Asset Management, uma empresa de Hunter Biden. Aparentemente, esse depósito foi efectuado poucos dias depois da mensagem de Whatsapp de Hunter Biden.
Registos recuperados do infame portátil do filho do Presidente norte-americano aludiam a outras potenciais transacções entre o filho de Joe Biden e o empresário do PCC. Num e-mail do associado de Hunter, James Bulger, podemos ler:
“Henry Zhao continua empenhado em fazer com que algo funcione comigo e com Hunter fora deste assunto de Burnham, como mencionado anteriormente. Ele tem algumas ideias interessantes”.
De acordo com o Post, Zhao tinha sugerido a Hunter e aos seus parceiros de negócios que estruturaria um acordo que, segundo eles, seria ‘pôr dinheiro directamente nos nossos bolsos’.
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Este artigo de uma série sobre os caso de corrupção da família Biden expostos por informadores do IRS em declarações ao Congresso dos EUA foi redigido a partir de um conjunto de reportagens que o The Federalist publicou entretanto sobre o assunto.
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