Andrew Bridgen, membro do parlamento inglês eleito por North West Leicestershire desde 2010, agora expulso do Partido Conservador por delito de opinião.

 

 

Andrew Bridgen, enquanto representante eleito do Partido Conservador disse há uns meses atrás no parlamento inglês que o massivo processo de vacinação Covid-19 seria o maior acto de extermínio a seguir ao holocausto. Considerando que morreram 6 milhões de judeus às mãos dos Nazis no regime de Hitler, não parece que a comparação seja desajustada, estatisticamente. Pelo contrário. Quando as contas estiverem feitas, vamos chegar à conclusão que as vacinas mRNA mataram até mais gente. Provavelmente, muito mais gente.

Ainda assim, os tories expulsaram Bridgen do partido. Não porque as declarações que fez sejam desajustadas da realidade, mas precisamente porque são assertivas. Porque vão contra a narrativa dos poderes instituídos. Porque responsabilizam as “autoridades”, os organismos governamentais, os burocratas e os políticos e os “cientistas” e os “jornalistas” e os “peritos” que agiram de forma criminosa.

No Reino Unido, reina o Unipartido. Toda a gente tem que pensar da mesma maneira, em defesa dos interesses do establishment, ou é expulso, marginalizado, vilipendiado ou… preso.

 

 

E é como no Contra se tem escrito, vezes sem conta: nas questões fundamentais, os partidos dos eixos do poder no Ocidente estão todos de acordo, num uníssono de elites que está a matar a democracia, a liberdade de expressão e a relação entre o discurso político e a realidade dos factos. Ninguém consegue votar em políticos que defendam os seus interesses e recusem os interesses das elites porque esses políticos não existem. Ou se existem, não têm maneira de aceder aos cargos que realmente oferecem o poder necessário para alterar o deplorável estado a que chegámos.

Para além dos crimes cometidos a propósito da pandemia, que poucos políticos no mundo são capazes de denunciar (e Donald Trump, que tem reputação de dissidente, não é excepção, já que foi ele que se lembrou de acelerar e facilitar o processo de desenvolvimento e implementação das vacinas e ainda hoje parece orgulhar-se imenso desse crime contra a humanidade), a concórdia multipartidária sobre a guerra na Ucrânia é obedecida até pelo Chega, em Portugal, e por Giorgia Meloni, em Itália; o europeísmo de razão tirânica, elitista e globalista, é defendido até por Rishi Sunak, o primeiro-ministro “conservador” não eleito de uma nação que há muito pouco tempo sufragou a saída da União europeia; e o ambientalismo apocalíptico é subscrito até por Ron DeSantis, o governador da Florida que é um dos candidatos populistas às primárias do Partido Republicano para as presidenciais de 2024.

 


A verdade é que a classe política ocidental pode hoje ser definida, em traços gerais, como um conjunto de clones de Emmanuel Macron.