Neste monólogo do passado fim de semana Neil Oliver argumenta, com proverbial eloquência, que os cidadãos do Ocidente não são cidadãos livres, são vítimas de grupos mafiosos de actividade extorsionária.
E como é que sabemos que o argumento tem pertinência? Porque as elites se comportam efectivamente como um sindicato de criminosos.
Enquanto na Escócia a polícia escava buracos nos quintais das residências de funcionários governamentais (estarão à procura de cadáveres, de sacos de dinheiro, de droga ou do quê?), o primeiro-ministro do Reino Unido, que está a exigir às empresas britânicas que cessem os seus negócios com a Rússia, continua a aumentar a sua já imensa fortuna através de negócios com… A Rússia. Como sempre, reina a máxima do “faz como eu mando e não como eu faço.” Os cidadãos têm que obedecer a mandatos que os políticos ignoram, porque estão acima da lei. Fora da lei. Como criminosos.
Os impostos cobrados por este sindicato mafioso multiplicam-se e desmultiplicam-se em taxas e tarifas e coimas e custos burocráticos sem que se perceba exactamente como é gasto esse dinheiro e em função de que interesses. Os contribuintes são espoliados pelo Estado mas não para depois beneficiarem de infra-estruturas que sirvam adequadamente a economia e a sociedade, mas não para que possam usufruir de serviços públicos essenciais com um mínimo qualidade, mas não para verem resolvidos os seus problemas essenciais, num contexto onde o caos impera sobre a habitação, a segurança, a educação, a energia e a moeda.
O dinheiro que lhes é roubado, porque a taxação sem representação não é mais que um roubo, serve pagar as onerosas máquinas burocráticas do Estado, subsidiar os órgãos de propaganda que servem o Estado, premiar os conselhos de administração de empresas públicas e privadas que servem a agenda do Estado, financiar activistas que vivem à conta do Estado e cumprir os objectivos últimos das elites, que agora dominam a actividade do Estado.
Não precisamos de recuar muito nos anos para nos lembrarmos do tempo em que os políticos faziam ao menos questão de mentir ao garantirem que tinham os interesses dos seus eleitores no topo das suas agendas. Mas os tempos em que circulava a velha anedota de que um político que promete morrer passa a imortal passaram à história. Hoje em dia, é claríssimo que os protagonistas dos poderes instituídos desistiram de fingir cuidados com quem os elege, porque, como aconteceu recentemente em Inglaterra, as eleições já não são o primeiro instrumento de acesso ao poder. O tráfico de influências, a substituição demográfica, a propaganda de inspiração totalitária, o uníssono dos meios de comunicação social e até dos diferentes partidos políticos sobre as questões fundamentais das sociedades e da civilização; a libertação do medo sobre as massas e um constante sentido de emergência que justifica a retirada de direitos e liberdades essenciais; o empobrecimento das classes médias, a guerra à independência económica e aos pequenos negócios; todos estes vectores e mais alguns que seria exaustivo enumerar são hoje instrumentos de poder bem mais importantes do que o inconveniente e aleatório processo eleitoral.
Agora a vida dos cidadãos é dificultada pelos seus representantes políticos às claras e intencionalmente. Os poderes instituídos estão de tal forma cristalizados que já não faz sentido esconder das massas que as massas são um alvo a abater. No Reino Unido, as coisas estão a chegar a um ponto totalitário de tal forma distópico que pegar no automóvel e ir livremente dar uma volta pelo belo countryside inglês, sem autorização das ‘autoridades’, é um privilégio em vias de extinção.
Os dorminhocos que julgam que ainda vivem em democracia que pensem no infame Tratado de Prevenção, Preparação e Resposta a Pandemias da OMS, que vai obrigar a partir de 2024 as 192 nações subscritoras às decisões desta sinistra organização, cujos líderes ninguém elege e são cooptados e financiados por magnatas como Bill Gates (primeiro financiador da OMS), conglomerados do capitalismo corporativo como a indústria farmacêutica e regimes despóticos e imperialistas como o chinês. Será assim a OMS a deter poderes plenipotenciários sobre confinamentos, programas de vacinação, paralisação das economias e todo o tipo de proibições e mandatos que ocorrerem a estes burocratas de inspiração totalitária.
Mas alguém quer realmente viver de acordo com os mandatos de um sindicado criminoso como a Organização Mundial de Saúde?
Neil Oliver regressa a 2016 quando o referendo do Brexit no Reino Unido e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos surpreenderam e contrariaram as elites globalistas, contra todas as expectativas. Estas foram talvez as duas últimas manifestações da democracia no Ocidente. Mas a reação dos senhores do universo não se fez esperar. O império contra atacou em força e hoje temos Biden na Casa Branca, apoiado pela herética aliança entre as agências de segurança e inteligência, a imprensa corporativa, os vampiros de Wall Street e os censores de Silicon Valley; temos Sunak, um eropeísta que não foi eleito por ninguém, no nº 10 de Downing Street, depois de um evidente golpe de estado; temos a Comissão Europeia com o pé a fundo na tábua totalitária, agentes WEF em posições de poder um pouco por todo o mundo, Lula da Silva, um criminoso condenado e nunca ilibado, como líder da nação mais importante da América do Sul e a guerra na Ucrânia, que a cada dia que passa ganha contornos que transcendem largamente os de um conflito regional e que ameaçam até o desencadear de um conflito nuclear.
A agenda globalista está portanto de vento em popa, sustentada pelos sindicatos do crime instalados nas altas esferas do poder.
Dada a sua essência fora da lei, é hoje mais do que nunca fundamental que as pessoas entendam que só porque um governo decreta que algo é legal isso não quer dizer que seja lícito, ou justo, ou legítimo. Um aparelho de leis decretadas por um grupo de criminosos não pode vingar, nem ética nem juridicamente. O estado de direito depende da autoridade moral e da legitimidade democrática que os actuais governos no Ocidente não têm.
Enquanto se comportam como tiranos e criminosos e manifestam total indiferença perante os direitos, as liberdades e os interesses materiais e imateriais dos cidadãos, os líderes políticos da actualidade não têm qualquer base constitucional onde assentar os seus poderes, cujo âmbito se têm até encarregado de alargar.
As lideranças políticas da actualidade assemelham-se cada vez mais a sindicatos do crime que fundamentam no medo a sua actividade extorsionária. E as massas, assustadas ou adormecidas, continuam a financiar o esquema. Neil Oliver pergunta-se no fim do seu monólogo: porque continuamos nós a suportar a actividade destas organizações mafiosas? E até quando o faremos?
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