Quando a sociedade da abundância for a comuna da escassez
e encher o depósito custar tudo aquilo que ganhas por mês;
Quando as falácias da ciência substituírem a verdade moral
e a tecnologia inverter a geografia do bem e do mal;
Quando a obsessão com a segurança aniquilar a liberdade
e a pretexto do bem comum, te resgatarem a identidade;
Quando fores de tal forma condicionado pela propaganda
que a tua vida será reduzida a obedecer a quem manda;
Quando alienado e tonto confundires Deus com Satanás
ou os horrores da guerra com as bênçãos da paz;
Quando as escolas envenenarem, em nome do progresso,
o destino dos teus filhos com mudanças de sexo;
Quando o teu cérebro for assim tão bem lavado
que já nem percebes que foste entretanto amordaçado;
Quando com dias claros for fabricada a noite escura
e com o verão da democracia, o inverno da ditadura;
Quando fores destituído de tudo e feliz de nada,
inconsciente marxista no fim da propriedade privada;
Quando perderes além da razão, até o ofício suado,
para que o teu sustento dependa da boa vontade do estado;
Quando padres heréticos venderem a alma ao ecumenismo
e a igreja trocar a verdade da cruz pela fé no comunismo;
Quando biliões forem enfim regidos por uma única bitola,
devidamente entretidos com drogas e jogos de consola;
Quando a humanidade colapsar sobre os seus erros danados,
vais ainda assim dormir bem com os teus pecados?