É natural que os mais jovens não tenham consciência disto, mas o redactor deste apontamento, que soma 55 viagens à volta do sol, garante-vos: desde os anos 70 que os profetas do apocalipse climático prometem o fim dos tempos para um curto prazo que nunca sucede. Isto não é de agora. Faz parte da cartilha ambientalista, e da rotina dos falsos oráculos, a estratégia de assustar as pessoas no imediato, com promessas escatológicas e ameaças de que o céu lhes vai cair em cima da cabeça já amanhã ou depois.

Cumprindo à letra a sua profissão de profeta da desgraça, Greta Thunberg (ou um dos pais dela, que para o caso é exactamente a mesma coisa) publicou em 2018, na sua conta de Twitter, isto:

“Um cientista climático de topo está a avisar que as alterações climáticas exterminarão toda a humanidade a menos que deixemos de utilizar combustíveis fósseis durante os próximos cinco anos”.

No sábado, Jack Posobiec publicou um screenshot desse tweet, agora apagado, que linkava um artigo que previa que os seres humanos seriam extintos até 2023 devido às alterações climáticas. Posobiec perguntava retoricamente a Greta porque diabo tinha apagado este tweet que na altura terá sido por certo publicado com convicção religiosa.

 

 

Para além do tweet, o website que o originou, o gritpost.com, também foi entretanto encerrado. Talvez, quem sabe, devido ao rigor editorial que manifestou durante o seu curto ciclo de vida.

Na secção de comentários do tweet de Posobiec, triunfava o tom sardónico. “O tempo voa quando andas na vigarice”, escreveu um utilizador. “Ainda temos 3 meses”, comentou um outro.

 

 

Independentemente das previsões falhadas e da prosápia charlatã, para uma rapariga ainda muito jovem, meio autista e que tem como missão assustar as pessoas com promessas de fim dos tempos que nunca se concretizam, Greta não se está a dar mal: de acordo com o Sun, o seu património líquido é já estimado em $1 milhão de dólares.

Thunberg subiu ao palco global quando em Agosto de 2018, com 15 anos de idade, liderou um protesto às portas do Parlamento sueco sobre a questão das alterações climáticas. Dai para a frente começou a faltar à escola para protestar em todo o lado. Deve ser por isso que ainda não acabou o liceu. Mas o deficit de escolaridade não lhe retirou estatuto académico: o mundo escuta as suas palavras como se a rapariga fosse doutorada em climatologia. De tal forma que:

 

 

Thunberg tem apelado aos governos para que tomem decisões ainda mais arrojadas e radicais para salvar o planeta e tem-se manifestado completamente a favor dos confinamentos climáticos.

 

 

Greta Thunberg tem o mundo a seus pés e talvez o único personagem que lhe faça sombra no campeonato do mundo do embuste climático será o ex-vice-presidente americano Al Gore, Prémio Nobel do powerpoint pelas suas palestras a todos os títulos fraudulentas, baseadas no indocumentável documentário que produziu em 2006 – “An Inconvenient Truth“, que em português honesto se traduz por “Uma Mentira Conveniente”. As previsões de extinção da humanidade devido às alterações climáticas que propagou nessa altura, e que tinham um prazo de dez anos, já foram cronologicamente invalidadas e os exageros delirantes dessa famosa, ou infame, digressão chegaram até a ser criticados por cientistas climáticos mainstream como Ted Scambos, do National Snow and Ice Data Center.

Mas a realidade não é para aqui chamada. Os profetas climáticos do século XXI são muito parecidos com os adivinhos da antiguidade. Só que em vez de lerem o futuro nas entranhas dos peixes, interpretam o porvir pela agenda de Davos.