“The guy who showered with his daughter is telling you you’re a bad person.”
Tucker Carlson . Tucker Carlson Tonight . 2/11/22
As eleições intercalares nos Estados Unidos são já no dia 8 de Novembro e as sondagens apontam para um derrota em toda a linha do Partido Democrata, que pode perder o governo de alguns estados e as maiorias no Congresso.
A razão destas projecções não é misteriosa: os neoliberais são radicais intolerantes e incompetentes, a economia está num estado lastimável e tecnicamente em recessão, a que acresce a conjuntura inflaccionária e a crise energética. As forças armadas foram dessacralizadas pela cultura woke e desmoralizadas com a vergonhosa retirada do Afeganistão. A fronteira com o México deixou de ser uma fronteira. O crime nos grandes centros urbanos está a bater recordes de selvajaria. O presidente é um homem que todos os dias dá sinais de demência senil. Assim sendo, a Casa Branca e o aparelho democrata não têm na verdade grandes argumentos para cativar o voto dos cidadãos. Quer dizer, nem grandes nem pequenos. Se esta não for a pior administração na história dos Estados Unidos da América, deve andar lá muito perto.
Talvez por isso, o discurso que devia ser de teor eleitoral de Joe Biden, proferido na passada quarta-feira à noite, foi mais uma prelecção sobre o inimigo interno: o presidente voltou a acusar metade dos americanos (os que não votaram nele) de serem uma ameaça moral e concreta à democracia. E alertou, estranhamente, que os resultados das intercalares podem levar vários dias a ser apurados e que os cidadãos americanos não têm que questionar o sistema por causa disso. Até porque todos aqueles que questionam resultados eleitorais são uma espécie de terroristas.
Isto é bizarro, no mínimo: em vez de falar nas virtudes das suas políticas e naquilo que tem feito pela qualidade de vida dos eleitores, que é o que fazem os políticos que ocupam posições de poder em tempo de eleições, o actual inquilino na Casa Branca preferiu antecipar problemas na contagem de votos e lançou ameaçadores avisos prévios sobre qualquer dúvida que se possa ter sobre a validade e integridade do processo.
Curiosa e concomitantemente, no Brasil está a passar-se algo do género: milhões de eleitores não acreditam na integridade do processo eleitoral do fim de semana passado, que elegeu o criminoso condenado Lula da Silva. Mas se acreditamos na democracia e na virtude dos seus mecanismos, devemos fazer perguntas, devemos procurar saber se os processos eleitorais são justos e íntegros. E as entidades responsáveis sobre o bom funcionamento desses processos devem dar respostas aos cidadãos que fazem as perguntas. Se as eleições decorrem dentro da normalidade, qual é o problema de apresentar os factos e elucidar os cidadãos sobre essa clara integridade? Neste momento, no Brasil, esse inquérito não é possível porque o Youtube, por iniciativa própria, censura todos os vídeos que questionem as recentes eleições presidenciais e o tribunal constitucional do país também proibiu a manifestação de quaisquer dúvidas nas restantes redes sociais.
Mais: a restrição ao livre discurso no Brasil decorre em parte da intervenção americana. O director da CIA chegou a dar-se ao trabalho de viajar até ao país tropical amado por deus e bonito por natureza para afirmar que Bolsonaro nunca poderia contestar os resultados das eleições, acontecesse o que acontecesse e foi depois disso que o tribunal constitucional nativo mandou prender muitos dos aliados políticos do presidente brasileiro. Reforçando o tom, no início desta semana, o Departamento de Estado do regime Biden ameaçou com sanções caso o resultado eleitoral não seja aceite pelos brasileiros, saudando a vitória de Lula como um triunfo da democracia.
Mas porque está a administração democrata a imiscuir-se nas eleições de um país da América do Sul? Por causa do ódio ideológico a Bolsonaro, claro, mas não de certeza por causa dos interesses geo-estratégicos americanos, já que o presidente agora derrotado constituía o único obstáculo ao domínio chinês naquele continente.
Entretanto, os “negacionistas” das eleições no Brasil, como os “negacionistas” da eleições nos EUA, já estão a ser perseguidos, encarcerados e assassinados. Acontece porém que numa democracia saudável e funcional, não há negacionistas de eleições: há cidadãos que querem ser esclarecidos e há “autoridades” que prestam os devidos esclarecimentos. Nada melhor para acabar com teorias da conspiração que mostrar com factos porque é que essas teorias estão erradas. Nada pior que reprimir e perseguir os teóricos. Só um sistema totalitário é que reprime quem faz perguntas.
Mas nos Estados Unidos da actualidade até há quem diga que o voto é um perigo para a nação (todo e qualquer voto que não cai no Partido Democrata), pelo que não estamos propriamente a falar de uma democracia saudável e funcional.
E é por isso que o Tucker está cada vez mais zangado.
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