Estamos em 14 d.C. e numa modesta villa perto da pitoresca cidade costeira de Nola, no sul de Itália, jaz o corpo acabado de morrer de César Augusto, o herdeiro de Júlio César e aquele que foi formalmente o primeiro imperador romano. Durante quarenta anos, Augusto tinha governado como um déspota autocrático em tudo excepto na nomenclatura, e não faltava quem se interrogasse se a jovem monarquia continuaria a viver depois da sua morte. À sua cabeceira está a esposa-consorte, Lívia. Carrega o luto, mas não chora. Está pensativa mais do que perturbada. Aguarda a chegada de Tibério, o seu filho primogénito do primeiro casamento, general do exército romano com provas dadas e herdeiro aparente de Augusto. O homem entra na sala, confiante, alto, de rosto moreno e sisudo. Tibério olha para o seu padrasto sem vida, o homem à sombra do qual tinha trabalhado e sofrido durante tanto tempo. A era de Augusto tinha acabado; haveria um novo amanhecer, e seriam Tibério e a sua mãe as novas estrelas brilhantes e ardentes no firmamento do poder. O mundo era agora deles. Se ousassem agarrá-lo.
Lívia, a serpente.
A história do segundo imperador de Roma, Tibério Cláudio Nero César, está indissociavelmente ligada à da sua mãe, Lívia. Lívia Drusa – mais tarde denominada Júlia Augusta e, finalmente, a Divina Augusta – é uma das mulheres mais fascinantes e enigmáticas de toda a história romana. As suas imagens em mármore retratam um modelo delicado, recatado e de aparência inocente de uma virtuosa matrona romana aristocrática. No entanto, esta impressão é certamente enganadora. Ela foi implacável e maquiavélica nos seus negócios políticos e dinásticos. Deve ter estado envolvida em todo o tipo de esquemas e conspirações e negócios sujos de bastidores, incluindo até, talvez, o assassinato. No entanto, a natureza exacta e a extensão das maquinações de Lívia não são bem conhecidas, uma vez que as fontes não são totalmente claras.
Mais uma vez, a imagem de Lívia na cultura popular foi fortemente influenciada por Robert Graves. Nos seus dois romances I, Claudius e Claudius The God – bem como na adaptação televisiva dos anos 70 – Lívia é retratada como uma criatura verdadeiramente malévola, dúbia, assassina e vil, totalmente desprovida de compaixão ou piedade. É mostrada como uma operadora política do tipo mais cruel; cuja ambição de ter Tibério a suceder a Augusto como imperador de Roma não seria desviada ou frustrada por nada deste mundo. Graves faz com que Lívia orquestre casamentos anti-natura, insista em divórcios indesejados e até assassine vários membros da família imperial, tudo para abrir caminho à ascensão de Tibério à púrpura.
O problema com esta narrativa é que as fontes antigas originais não a apoiam totalmente. Por exemplo, o historiador cuja obra norteia todos estes textos sobre os primeiros imperadores romanos que o Contra tem vindo a publicar, Suetónio, não diz absolutamente nada sobre a campanha de décadas assente em manobras criminosas e indizíveis vilanias de Lívia. Isto é muito estranho, porque se houvesse algo sórdido e escandaloso a relatar; podemos ter a certeza de que Suetónio o mencionaria, já que claramente se deleitava com as intrigas da corte cesariana.
É curioso, portanto, que tenhamos de confiar no relato mais solene e comedido de Tácito para conhecermos o carácter e as acções de Lívia. Mas, mesmo assim, Tácito é irritantemente vago. Não temos páginas e páginas de exposição e descrição sobre os crimes de Lívia. De facto, pouco mais temos do que insinuações. Mas as insinuações, quando vindas de Cornélio Tácito, são extremamente reveladoras e poderosas.
“Augusto tinha admitido os filhos de Agripa, Caio e Lúcio na casa dos Césares, e antes de eles terem posto de lado os trajes de rapaz, tinha desejado muito fervorosamente, com uma demonstração exterior de relutância, que eles fossem intitulados Príncipes da Juventude e fossem Cônsules eleitos. Quando Agripa morreu, Lúcio estava a caminho dos nossos exércitos em Espanha, e Caio regressava da Arménia, ainda a sofrer de um ferimento, e foram prematuramente cortados pelo destino; ou pela traição da sua madrasta Lívia. Também Druso, era já morto há muito tempo. Tibério ficou sozinho entre os enteados, e nele tudo tendia para o centro. Foi adoptado como filho, como colega no império e parceiro no poder tribunício, e desfilou por todos os exércitos, já não através das intrigas secretas da mãe, mas por sugestão aberta desta. Pois ela tinha conquistado tal domínio sobre o velho Augusto que ele expulsou como exilado para a ilha de Planasia o seu único neto, Agripa Póstumo.”
Na passagem acima, Tácito é o mais explícito possível sobre o papel de Lívia nas mortes e exílios de quase meia dúzia de membros da casa imperial. Menciona a sua “traição”, mas não nos dá quaisquer pormenores ou provas concretas. É muito frustrante. Mais tarde, novamente quase de passagem, menciona que a vê como “uma verdadeira catástrofe para a nação, como mãe, e para a casa dos Césares, como madrasta”. Nós, leitores modernos, ficamos com poucos pormenores adicionais. Resta-nos apenas a nossa imaginação para preencher as lacunas.
Os seus detractores mais agressivos, como Robert Graves, acusaram-na dos seguintes crimes hediondos: que envenenou Marcelo, o favorito de Augusto; que envenenou Germânico, o favorito seguinte; que arquitectou a morte do seu segundo filho, Druso, porque este favorecia fortemente o regresso à república; que esteve de alguma forma nefasta envolvida na morte de Caio e Lúcio, a última grande esperança de Augusto para o futuro do império; que ordenou o assassínio de Póstumo imediatamente após a morte de Augusto, para eliminar o único pretendente legítimo que poderia estar acima de Tibério na sucessão. Podemos suspeitar de facto que a senhora esteve envolvida nalguns destes crimes, mas não noutros. As mortes de Marcelo, Germânico e Póstumo são altamente suspeitas e favorecem perfeitamente os objectivos de Lívia. As mortes de Gaio e Lúcio – sobretudo a de Gaio – parecem difíceis de atribuir a Lívia de uma forma tangível. É claro que nunca poderemos ter a certeza de uma coisa ou de outra.
Assim, por bem ou por mal, o caminho estava em grande parte aberto para que Tibério assumisse a posição de chefe de magistratura imediatamente após a morte de Augusto.
Um trajecto acidentado.
O filho de Lívia, há que dizê-lo, serviu Augusto fielmente, principalmente através da sua carreira militar.
Em 20 a.C., Tibério foi enviado ao Oriente sob o comando de Agripa com o objectivo de recuperar as águias das legiões que os partos arrebataram a Marco Licínio Crasso na Batalha de Carras, em 53 a.C., a Lúcio Decídio Saxa, em 40 a.C. e a Marco António, em 36 a.C., missão intrincada, que completou com sucesso. Tibério liderou também uma considerável força ao interior da Arménia com o objectivo de tornar o antigo reino num estado-cliente de Roma e criar com isso uma ameaça sobre a fronteira parta. Outrossim foi nesta demanda bem sucedido.
Após regressar do Oriente em 19 a.C., Tibério casou-se com Vipsânia Agripina, filha do melhor amigo e general de Augusto, Marco Agripa. Foi nomeado pretor e enviado, no comando das suas legiões, a unir-se às campanhas do seu irmão Druso no Ocidente. Enquanto Druso centrou as suas forças na Gália Narbonense, Tibério combateu as tribos dos Alpes e da Gália Transalpina. Em 16 a.C. descobriu a fonte do Danúbio. Quando voltou a Roma em 13 a.C., foi recebido em triunfo e foi designado cônsul.
Tibério era conhecido pelos seus soldados como um general impiedoso, mas justo, para os padrões da altura. Logo no primeiro episódio de Eu, Cláudio, há uma célebre sequência em que o futuro imperador e o seu irmão Druso conversam no ginásio sobre a vida política, militar e familiar. A certa altura, trocam estas significativas palavras:
Druso – Fizeste a vida negra aos exércitos.
Tibério – Em conduzi-os duramente e liderei-os duramente, mas era justo! Aposto que eles dizem que eu era justo!
Druso – Sabes o que é que eles dizem realmente de ti?
Tibério – O quê?
Druso – Que os teus exercícios eram batalhas sem sangue e que as tuas batalhas eram exercícios sangrentos.
A morte de Agripa em 12 a.C. elevou Druso e Tibério na escala sucessória. Tibério solicitou a Augusto divorciar-se da sua esposa e casar-se com Júlia, a Velha, filha de Augusto e viúva de Agripa. Este matrimónio, que tinha claros objectivos políticos, nunca foi feliz e e produziu um só filho que faleceu durante a infância, marca um ponto de inflexão na sua vida. Segundo Suetónio, um dia Tibério chegou a casa de Vipsânia em lágrimas, para lhe rogar o seu perdão. Mas pouco tempo depois jurou ao puritano Augusto que nunca mais se voltaria a encontrar com a ex-mulher.
Ainda assim, a carreira de Tibério continuou em ascensão e, depois das mortes de Agripa e do seu irmão Druso em 9 a.C., era o mais claro candidato à sucessão. Em 12 a.C., foi-lhe concedido o comando dos exércitos da Panónia e da Germânia, províncias muito instáveis. Regressou a Roma e foi designado cônsul pela segunda vez em 7 a.C., e em 6 a.C. foram-lhe concedidos poderes tribunícios e o controle das províncias Orientais.
Porém, na força da idade, triunfante e honrado com os mais altos cargos que Roma tinha para oferecer a um tribuno, Tibério toma a estranha e inexplicável decisão do auto-exílio. Em 6 a.C., quando estava prestes a assumir o comando do Oriente e a tornar-se assim no segundo homem mais poderoso de Roma, anunciou a sua retirada da política e mudou-se para Rodes. Os motivos desta repentina decisão não são claros. Suetónio, como Veleio Patérculo, especularam com a possibilidade de Tibério se sentir como um elo a mais na corrente da sucessão, quando Augusto adoptou os filhos de Júlia e Agripa, Caio e Lúcio, e os favoreceu ao longo da sua carreira tal e qual fizera com Druso e com o próprio Tibério. De facto, o futuro imperador pode ter pensado que quando os seus enteados atingissem a maioridade o iriam substituir e – por indignação ou aceitação – terá decidido afastar-se de uma situação que poderia criar problemas intestinos na família. Também pode ter influído o conhecido comportamento promíscuo da sua esposa. Segundo Tácito, foram motivos pessoais os que impulsionaram Tibério a retirar-se para Rodes, já que em Roma era-lhe difícil suportar o convívio com a mulher que tinha e o afastamento da mulher que amava.
Com o exílio de Tibério, a sucessão recaía exclusivamente nos dois novos netos de Augusto, Caio e Lúcio César. A situação tornou-se de repente mais precária com a morte de Lúcio em 2 d.C.. Augusto, a pedido de Lívia Drusa, permitiu a Tibério regressar a Roma, mas apenas como cidadão romano. Em 4 d.C., Caio morreu na Arménia e Augusto não teve outra solução senão recorrer a Tibério.
A morte de Caio desencadeou uma frenética actividade palaciana. Tibério foi adoptado como filho e herdeiro de pleno direito, vendo-se obrigado a adoptar o sobrinho Germânico, filho do seu irmão Nero Cláudio Druso e de Antónia Menor. Foram-lhe reinstaurados os poderes tribunícios e voltou a assumir parte do império de Augusto, algo com o que nem Agripa fora recompensado. Em 13 d.C, os poderes de Tibério igualaram os do próprio Augusto. Tibério tornou-se co-príncipe e, caso Augusto morresse, deveria sucedê-lo com normalidade.
Augusto morreu um ano depois, com 76 anos de idade. Tibério foi confirmado como único sucessor.
Um imperador cínico e cruel.
Um olhar, mesmo que de relance, sobre a carreira de Tibério como imperador mostra uma crónica cruel e pervertida de vícios e maldades, mas embora possa certamente ser contado entre os maus imperadores, os seus excessos não atingiram os níveis insanos e absurdos de, por exemplo, Calígula ou Nero.
Enquanto se deu ao trabalho de administrar o império, foi minucioso e cínico quanto à gestão do poder. Seguindo o método de Augusto, Tibério teve a precaução de esconder a sua ambição e o desejo de poder absoluto, recusando o nome de imperator e apenas acrescentando o apelido de Augusto ao nome de Tibério Júlio César, que tinha desde a sua adopção; e, nas inscrições e moedas, o nome de Tiberius Caesar Augustus sucedeu ao de Imperator Caesar Augustus. Jamais deixou outorgar-se o título de pai da pátria.
Mas, por trás desta atitude aparentemente escrupulosa, combatia com afinco as instituições republicanas. Tibério decidiu transferir a nomeação dos magistrados das assembleias para o senado. Com isto, o sistema eleitoral próprio da República Romana, que tinha sobrevivido a Júlio César e a Augusto, estava defunto. Como tantas vezes acontece na história universal, a extinção das instituições ditas democráticas e dos direitos da cidadania nem sequer foi difícil, dado o facto das assembleias populares estarem há muito desacreditadas, pelo seu próprio servilismo, pela corrupção dos seus representantes, que não respeitavam de todo os interesses do povo, e pela irrelevância em que tinham mergulhado, desde o primeiro triunvirato.
Tibério impôs um sistema de magistraturas baseado em candidaturas de lista única, em que os representantes eram designados pelo senado. As assembleias populares limitavam-se a aclamar a lista única e os seus candidatos, sendo as leis promulgadas sem a sua intervenção. De facto, o povo passou a manifestar poder apenas através de dois meios informais: o seu favor ou a sua hostilidade nas grandes celebrações circenses ou ocasionais levantamentos populares, geralmente espoletados pela fome ou injustiças gritantes.
Como estas políticas pareciam reforçar o poder do senado, Tibério procurou implementar uma série de contra-medidas. A mais significativa foi a de aumentar o corpo da guarda pretoriana, sob a qual tinha total controlo, de três coortes para nove, e a construção do seu acampamento junto aos limites da cidade.
Para além da política, Tibério foi um vil tirano. Talvez pelas vicissitudes, humilhações e desgostos que suportou para ascender ao poder, talvez porque lhe estava no sangue, considerando o perfil da sua mãe. Seja como for era o tipo de maníaco que se ofendia com a mais súbtil das críticas, encontrando muitas vezes desrespeito onde não havia intenção e nunca perdendo oportunidade para ajustar as contas do seu perpétuo ressentimento, mesmo que o processo entre a alegada ofensa e o castigo demorasse anos de reflexão e cálculo. Era um tipo rancoroso, sem um vestígio de sentido de humor e vingativo até ao ponto do absurdo.
Nos últimos anos do seu relativamente longo reinado, Tibério abandonou os assuntos do governo. Deixou que a máquina do Estado fosse controlada e dirigida pelos seus homens de confiança, enquanto ele próprio se “retirava” para a sua ilha de prazer, Capri, onde se entregava a todo o tipo de depravações sexuais.
Suetónio diz-nos que:
“No seu regresso a Capri, deixou que todos os assuntos de Estado se arrastassem, não preenchendo as vagas que surgiam na ordem equestre, não nomeando novos tribunos militares e oficiais de cavalaria, nem enviando novos governadores provinciais; a Espanha e a Síria ficaram sem legados de categoria consular durante vários anos. Permitiu que os partos invadissem a Arménia, que os dácios e sármatas assolassem a Moésia e que os germanos invadissem a Gália – uma negligência tão perigosa para o império como desonrosa… Mas, tendo finalmente encontrado a reclusão e já não se sentindo sob o escrutínio público, rapidamente sucumbiu a todas as paixões viciosas que durante muito tempo tinha tentado, sem grande sucesso, disfarçar.”
Os pormenores das transgressões carnais de Tibério são tão depravados que muitos historiadores se esquivam à sua ladainha. O podcaster Mike Duncan, por exemplo, na sua série de referência sobre a história de Roma, foi demasiado prudente para mencionar qualquer um destes pormenores. Porque o facto é que Tibério era um pedófilo; e um pedófilo impenitente.
Suetónio tem menos reservas do que Mike Duncan e denuncia os crimes:
“Ao retirar-se para Capri, fez para si uma casa de jogos privada, onde as extravagâncias sexuais eram praticadas para seu prazer secreto. Um bando de raparigas e rapazes de brinquedo, que ele tinha recolhido de todo o lado como adeptos de práticas não naturais e que eram conhecidos como spintriae, actuavam perante ele em grupos de três para excitar as suas paixões em declínio. Várias pequenas salas estavam mobiladas com os quadros e estátuas mais indecentes que se podiam obter, bem como com os manuais eróticos de Elefantis… Além disso, inventou pequenos recantos de luxúria nos bosques e clareiras da ilha, e mandou colocar rapazes e raparigas vestidos de divindades e ninfas em frente de cavernas ou grutas… Alguns aspectos da sua obscenidade criminosa são quase demasiado vis para serem discutidos, quanto mais para serem acreditados. Imaginem treinar rapazinhos, a quem ele chamava os seus “peixinhos”, para o perseguirem enquanto ele nadava e se meterem entre as suas pernas para o lamberem e mordiscarem. Ou deixar que bebés ainda não desmamados do peito da mãe lhe mamassem nas virilhas – que velho imundo se tinha tornado!”
Os crimes de Tibério não se limitavam aos da carne. Também parecia gostar de matar e torturar pessoas. Apreciava particularmente atirar infelizes dos penhascos de Capri a baixo. Este podia ser o castigo para a mais pequena das infracções. Era, em suma, um sádico e um psicopata.
Tibério foi imperador no momento em que Jesus Cristo exercia o seu ministério. E não admira que Pôncio Pilatos, avisado da crueldade do seu líder, tudo fizesse, incluindo a crucificação de inocentes, para que más notícias da Judeia não chegassem a Roma.
O segundo imperador pode não ter sido o pior dos homens a alcançar a mais alta das posições, mas não estava longe disso. Só os imperadores verdadeiramente loucos e monstruosos o poderiam ter ultrapassado e conhecemos poucas caraterísticas redentoras no seu carácter. Se mais não fosse, deu o mote para os que lhe sucederam, uma vez que foi a partir do seu reinado que a elite governante de Roma começou a afundar-se no esgoto da tirania e da devassidão.
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Mais biografias dos primeiros césares no ContraCultura.
Biografia de Minuto e Meio do historiador Suetónio.
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