Uma mulher que afirma trabalhar para o FBI gerou controvérsia ao expressar a sua desilusão nas redes sociais pelo facto de a tentativa de assassinato de Donald Trump, a 13 de Julho, num comício na Pensilvânia, não ter sido bem sucedida.

Jenna Howell, que é funcionária do Federal Bureau of Investigation (FBI), de acordo com um ex-analista do FBI, foi ao Facebook para expressar frustração pelo facto do atirador não ter conseguido assassinar Trump.

“Os memes… os memes são de ouro”, escreveu Howell num comentário no Facebook, que acompanhava uma imagem que mostra a morte tentando puxar Trump numa máquina de garras com a legenda “Ahhh, tão perto”.

 

Após o ataque de um homem armado no comício, surgiram nas redes sociais mensagens com frases como “não falhem da próxima vez” e “tão perto”, reflectindo reacções perturbadoras ao incidente violento.

A funcionária, identificada como Jenna Howell, também criticou os que estavam a lamentar a violência política, postando:

“É melhor que vocês, sacanas que usam armas e adoram a 2ª Emenda, se sentem e fiquem quietos, a não ser que mudem de opinião sobre o controlo de armas”.

Os pormenores sobre a forma como o atirador obteve a arma de fogo não foram revelados pelas autoridades policiais.

De acordo com o ex-analista do FBI Chris Toompas, Howell trabalhou anteriormente na Unidade de Verificação de Antecedentes de Armas de Fogo do NICS, que avalia a elegibilidade dos indivíduos para adquirir armas de fogo. Actualmente, está destacada para o Departamento de Investigação de Identidade do FBI.

Destacando um ambiente contencioso dentro do FBI, Toompas, que afirma ter trabalhado ao lado de Howell antes de se demitir para não ser obrigado a cumprir o mandato de vacinação contra a Covid-19, expressou críticas às acções da ex-colega:

“A única coisa que os esquerdistas gostam de fazer é odiar aqueles que não concordam com eles e, neste caso, desejar a sua morte.”

Toompas partilhou ainda a sua própria experiência, afirmando:

“Fui ao Facebook durante a minha suspensão para expressar o meu desdém pelo mandato [de vacinação] e partilhar a história da minha suspensão. Quando o fiz, Howell ameaçou denunciar-me por violar a política do Facebook do FBI. Que ironia”.

Os posts de Howell foram entretanto removidos do Facebook.

Os pontos de vista anti-Trump no FBI não são incomuns, já que pelo menos um denunciante afirmou que o Bureau forçou a saída daqueles que apoiam o ex-presidente. Mas não é necessária qualquer denúncia, já que é público que o FBI considera que todos os eleitores de Trump são terroristas que constituem uma ameaça à segurança interna dos EUA.