Gal Luft . Um dos denunciantes do caso de corrupção da família Biden que está a ser investigado pelo Congresso dos EUA

 

 

A “testemunha desaparecida” da investigação do caso de corrupção Biden, o professor israelita Gal Luft, expôs as suas alegações de suborno contra a família do presidente num vídeo extraordinário filmado num local não revelado, enquanto permanece escondido.

Na gravação de 14 minutos, obtida em exclusivo pelo New York Post, o  ex-oficial do exército israelita afirma que foi detido no Chipre para ser impedido de testemunhar perante o House Oversight Committee, que a família Biden recebeu pagamentos de indivíduos com alegadas ligações aos serviços secretos militares chineses e que os Biden tinham uma toupeira no FBI, que partilhava informações confidenciais com os seus benfeitores da empresa de energia controlada pela China, a CEFC.

O informador diz que forneceu provas incriminatórias a seis funcionários do FBI e do Departamento de Justiça (DOJ) numa reunião secreta em Bruxelas, em março de 2019 – mas alega que foram entretanto encobertas.

“Eu, que me voluntariei para informar o governo dos EUA sobre uma potencial violação de segurança e sobre informações comprometedoras relativas ao homem que concorria para ser o próximo presidente, estou agora a ser perseguido pelas mesmas pessoas que informei – e posso ter de viver em fuga para o resto da minha vida. Não sou republicano. Não sou democrata. Não tenho qualquer motivo ou agenda política… Fi-lo por profunda preocupação de que, se os Bidens chegassem ao poder, o país enfrentaria o mesmo escândalo traumático de conluio com a Rússia – só que desta vez com a China. Infelizmente, devido ao encobrimento do Departamento de Justiça, foi exatamente isso que aconteceu. Eu avisei o governo sobre o risco potencial para a integridade das eleições de 2020… Pergunte a si mesmo, quem é o verdadeiro criminoso nesta história?”

 

 

O presidente da Câmara de Supervisão, o republicano James Comer, que se preparava para entrevistar Luft antes do seu desaparecimento, diz que o israelita continua a ser uma “potencial testemunha” na investigação da família Biden, apesar do seu estatuto de fugitivo.

Chamando a si próprio “paciente zero da investigação da família Biden”, Luft, de 57 anos, diz que é inocente das acusações de conspiração para vender armas chinesas ao Quénia, à Líbia e aos Emirados Árabes Unidos, de violação da Lei de Registo de Agentes Estrangeiros (FARA) e de prestar falsas declarações. Acusações que o Departamento de Justiça norte-americano parece ter descoberto no fim do ano passado, de forma a destruir a sua credibilidade.

 

Tornar públicas as provas e não acreditar em coincidências.

Luft desafia agora o Governo dos EUA a divulgar as actas da reunião de Bruxelas e a tornar públicas as provas contra ele, perguntando:

“O DOJ optou por abrir a acusação a 1 de Novembro de 2022, exactamente na mesma semana das eleições intercalares, porquê? Poderá ter algo a ver com o medo de que, uma vez que os republicanos ganhassem o controle do Congresso e começassem a investigar, o encobrimento seria plenamente exibido?”

Luft diz que informou o DOJ e o FBI em Bruxelas que Joe Biden, pouco depois de terminar o seu mandato de vice-presidente, tinha participado numa reunião no Four Seasons Hotel em Washington, DC, com o seu filho Hunter e funcionários do CEFC.

O relato do professor Luft sobre a presença do antigo vice-presidente nessa reunião foi corroborado 21 meses mais tarde, quando o FBI entrevistou outro participante, Rob Walker, associado da família Biden, de acordo com um testemunho recente perante o Congresso.

O israelita revelou durante a entrevista em Bruxelas que o CEFC estava a pagar 100 000 dólares por mês a Hunter e 65 000 dólares ao seu tio Jim Biden, em troca dos seus contactos com o FBI e da utilização do nome Biden para promover a Iniciativa “China’s Belt and Road Initiative” em todo o mundo – e que o dinheiro estava a ser canalizado através de Walker.

O Comité de Supervisão escreveu a Walker exigindo que se submetesse a um interrogatório sobre o seu papel na distribuição de mais de 1 milhão de dólares provenientes da China a pelo menos três familiares do Presidente Biden.

O DOJ enviou uma delegação de seis pessoas para se encontrar com Luft em Bruxelas, segundo alega o informador: quatro agentes do FBI e dois procuradores do Distrito Sul de Nova Iorque, Daniel Richenthal e Catherine Ghosh.

Entre o contingente do FBI encontrava-se o agente especial Joshua Wilson, do gabinete de campo de Baltimore, que viria a assinar uma intimação, mais tarde nesse ano, para apreender o portátil abandonado de Hunter numa oficina de reparação do Delaware. Uma coincidência que não parece nada coincidental. Gal Luft pergunta:

“Porque é que o governo enviou tantas pessoas para a Europa? Sabiam muito bem que sou uma testemunha credível e que tenho conhecimentos privilegiados sobre o grupo e os indivíduos que enriqueceram a família Biden. Durante uma reunião intensiva de dois dias, partilhei a minha informação sobre as transacções financeiras da família Biden com o CEFC, incluindo valores específicos em dólares. Também forneci o nome de Rob Walker, que mais tarde ficou conhecido como o ‘homem do saco’ de Hunter Biden.”

 

Armas, think tanks e palavras proibidas.

O denunciante disse também ao DOJ e ao FBI em Bruxelas que Hunter tinha uma toupeira no FBI chamada “One Eye” que tinha avisado os seus associados do CEFC, Patrick Ho e o presidente Ye Jianming, de que estavam a ser investigados.

Luft está bem relacionado com os círculos dos serviços secretos em Washington, DC, onde dirigiu um think tank, o Instituto de Análise da Segurança Global, tendo como conselheiros o antigo diretor da CIA James Woolsey e o antigo conselheiro de segurança nacional Robert McFarlane. Em 2017, soube que Hunter e Jim Biden estavam a ser pagos pela CEFC porque Luft estava, na altura, em parceria com uma organização sem fins lucrativos associada à empresa chinesa.

Quando Patrick Ho foi detido em 2017 em Nova Iorque por acusações de suborno, a primeira pessoa que tentou contactar foi Hunter Biden, a quem tinha pago 1 milhão de dólares como “avença legal”. Mas no seu julgamento, Ho foi impedido pelos procuradores de mencionar os Bidens, segundo Luft.

“Ho pagou a Hunter Biden um milhão de dólares por sabe-se lá o quê, mas não foi autorizado a mencionar a palavra Biden perante o júri. Na altura, o procurador Daniel Richenthal disse ao juiz que a menção do nome Biden ‘acrescentaria uma dimensão política’ ao caso, e o juiz concordou. O que significa que, se eu fosse presente a um tribunal de Nova Iorque, não me seria permitido pronunciar as palavras Bruxelas ou Biden”.

Luft nega a acusação de ser um traficante de armas:

“Foi-me pedido por um negociante de armas de boa-fé, um amigo israelita, que me informasse junto de uma empresa que eu conhecia se tinham um artigo e qual seria o preço desse artigo. Foi aqui que a conspiração terminou. Não houve seguimento, não houve dinheiro, não houve actividade de corretagem”.

Também enfrenta acusações de actuar como agente estrangeiro não registado da CEFC.

“O DOJ diz que eu fiz um pagamento de 6.000 dólares por mês ao antigo director da CIA James Woolsey para colocar o seu nome num artigo que eu tinha escrito para o jornal China Daily. Woolsey era conselheiro do meu think tank desde 2002 e nada no artigo representava interesses chineses. Por que razão estou a ser acusado? Por ter escrito um artigo inócuo pelo qual não recebi qualquer pagamento, muito menos de um governo estrangeiro, quando a mãe de todos os escândalos, o tráfico de influências sistémico dos Bidens em nome de governos estrangeiros, pelo qual arrecadaram milhões, continua impune.”

 

Um encontro de resultado zero.

Uma curiosa adenda à história de Gal Luft surge em outubro de 2020, dias após as revelações bombásticas do New York Post sobre o laptop de Hunter. Luft enviou o seu advogado, Robert Henoch, a Washington para se encontrar com o vice-procurador-geral interino da administração Trump, Richard Donoghue, e repetir as alegações que tinha feito em Bruxelas. Donoghue também tinha sido designado pelo Procurador-Geral Bill Barr, em Fevereiro de 2020, para coordenar as investigações federais sobre todas as alegações de corrupção relacionadas com a Ucrânia e Joe Biden.

A 4 de Setembro, sem o conhecimento de Luft, Donoghue ordenou ao procurador de Delaware que suspendesse a investigação criminal sobre Hunter para evitar fugas de informação nos dois meses que antecederam as eleições, de acordo com um testemunho prestado ao Congresso.

Donoghue concordou em encontrar-se com Henoch num Starbucks perto da sede do DOJ e corresponderam-se através do seu e-mail privado, diz Luft, que mostrou ao jornal nova-iorquino os e-mails entre o seu advogado e o alto funcionário. Robert Henoch afirmou peremptoriamente que

“A história é sobre corrupção aos mais altos níveis do governo e penso que tudo pode ser corroborado”.

Mas o encontro nunca deu em nada – até Fevereiro deste ano, quando Luft foi preso no Chipre.

Os Biden estão a bater, a cada dia que passa, todos os recordes de corrupção, tráfico de influências e traição à pátria da história universal da infâmia. Mas tudo indica que seguirão impunes até ao inferno.