O criador do Dilbert, Scott Adams, teve uma ideia brilhante.

Durante um episódio recente do seu podcast, ele sugeriu a criação de um novo departamento governamental chamado “Departamento de Preocupações Imaginárias”, que poderia lidar com as arrelias dos democratas sobre assuntos como o apocalipse climático, as ameaças à democracia, o conluio de Trump com o Kremlin, a controvérsia do Signal, o roubo dos números da Segurança Social por Elon Musk e muito mais.

 

 

Adams está obviamente a brincar, mas a razão pela qual a sua ideia é válida é porque está tão enraizada na realidade. Os democratas insistem nestas preocupações imaginárias todos os dias, que são depois amplificadas pela imprensa corporativa.

O cartoonista sugere que seria hilariante ouvir os media perguntarem a Trump sobre uma destas questões e ele responder que remeteu o assunto para o Departamento de Preocupações Imaginárias.

 

 

A polémica do Signal, em que uma conversa de altos quadros do gabinete de Trump sobre um ataque ao Iémen caiu no domínio público, é aquela em que os democratas estão realmente a depositar as suas esperanças neste momento. O juiz Boasberg (o mesmo que está a tentar impedir a deportação de criminosos do Tren de Aragua) ordenou a todas as agências envolvidas que guardassem as conversas, e os democratas da Câmara dos Representantes estão a forçar uma investigação sobre o assunto.

O representante Gerry Connolly (D-Va.) afirmou a este propósito:

“Este incidente levanta sérias preocupações quanto a um potencial padrão de utilização indevida de plataformas de comunicação não seguras para discussões sensíveis e quanto à possibilidade de os militares e profissionais dos serviços secretos americanos poderem ter sido comprometidos pela disseminação imprudente de informações de segurança nacional tão sensíveis. É fundamental que se investigue este assunto e quaisquer outros incidentes em que líderes seniores de segurança nacional na administração Trump tenham, por incompetência ou negligência, comprometido informações de segurança nacional altamente sensíveis ou classificadas.”

Isto parece um trabalho para o Departamento de Preocupações Imaginárias. Até porque o que devia estar em causa não é o facto da conversa ter caído no domínio público, nem o teor da conversa sequer. O que devia ser discutido são os motivos pelos quais a administração Trump decidiu bombardear edifícios residenciais no país mais pobre do mundo, e numa região que, como o Contra já documentou, nem é assim tão estratégica para os interesses norte-americanos como isso.

Seja como for, o ContraCultura alargaria o âmbito do Departamento de Scott Adams à Europa, de forma a termos uma instituição que trataria das alegadas intenções expansionistas de Vladimir Putin, por exemplo.