Elon Musk apoiou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) antes das eleições antecipadas de Fevereiro, considerando-o a “única” hipótese de salvar a Alemanha.

 

O bilionário Elon Musk juntou a sua voz ao discurso político alemão, manifestando o seu apoio ao partido Alternativa para a Alemanha (AfD), numa altura em que o país enfrenta eleições antecipadas no início do próximo ano.

O seu apoio surgiu antes de o Presidente Frank-Walter Steinmeier anunciar, a 27 de Dezembro, a dissolução do Bundestag.

Musk declarou o seu apoio no X, escrevendo: “Só o AfD pode salvar a Alemanha”, enquanto partilhava um vídeo da activista Naomi Seibt. No vídeo, Seibt critica o candidato a chanceler da CDU, Friedrich Merz, por se recusar a dialogar com a AfD, alegando que esta posição impede uma “abordagem favorável à liberdade”.

 

 

Alice Weidel, co-líder da AfD, congratulou-se com a declaração de Musk, respondendo: “Sim! Tens toda a razão, Elon Musk!” Alice Weidel agradeceu ao empresário por reconhecer a AfD como a “única alternativa” da Alemanha e desejou-lhe, bem como ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sucesso na próxima administração dos EUA.

Num vídeo publicado na plataforma de redes sociais, Weidel reiterou que o AfD “é de facto a única alternativa para o nosso país; a nossa última opção”.

 

 

Weidel tem-se manifestado sobre a necessidade de mudanças substanciais na direcção económica e política da Alemanha. Numa entrevista recente à Bloomberg, criticou as políticas reguladoras da União Europeia, considerando-as prejudiciais para a competitividade económica do seu país. Destacou a indústria automóvel, que, segundo ela, foi prejudicada pela proibição de veículos com motor de combustão interna prevista pela UE para 2035.

“Precisamos de comércio livre entre as nações europeias, mas não precisamos de uma burocracia esmagadora que sufoca a inovação”, afirmou Weidel. A abordagem da UE é descrita como uma “política socialista” que prejudica os mecanismos de mercado e a espinha dorsal da economia alemã.

Weidel também manifestou preocupação com o legado das políticas da antiga chanceler Angela Merkel e com o impacto mais alargado da UE na governação da Alemanha. “A União Europeia, no seu estado actual, não está a funcionar bem. Precisamos de reformas que dêem prioridade à eficiência e à soberania”, afirmou.

O AfD deverá ficar em segundo lugar nas eleições federais de Fevereiro, reflectindo o crescente apoio da opinião pública a políticas que privilegiam a liberdade económica, a redução da burocracia, a soberania nacional e critérios de recepção de imigrantes mais rigorosos.

Apesar da sua popularidade crescente, é pouco provável que o partido faça parte do próximo governo, uma vez que os partidos tradicionais continuam a excluir o AfD de potenciais coligações.